Senado lança programa para promover igualdade de raça e gênero
Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (7), foi lançado no Senado o Programa Pró-Equidade de Gênero e de Raça, com o objetivo de analisar a estrutura funcional da Casa, corrigir possíveis entraves e promover mudanças administrativas que levem ao aumento da inclusão. Através do programa, o Senado adere a uma iniciativa do Executivo, lançada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), 1ª vice-presidente da Casa, citou estatística que aponta que os países de maior equidade apresentam até 25% a mais de produtividade. Ela também saudou a presidente Dilma Rousseff, que, em sua avaliação, abriu o caminho para ampliar a participação das mulheres nos três poderes.
– Hoje as meninas vão olhar na televisão e não é um chefe da Nação, é uma chefe da Nação. E isso é um modelo fantástico, que nenhuma de nós imaginou ter – afirmou.
Para Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, é um orgulho ter Marta Suplicy como vice-presidente do Senado. Eleonora ressaltou as dificuldades vividas por servidoras e servidores públicos, especialmente quanto ao assédio, e louvou o repúdio à discriminação dentro do Senado.
– É fundamental que esta Casa seja um exemplo simbólico da não-permissão destas discriminações no âmbito funcional – declarou a ministra.
A ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, saudou a consolidação do programa através da adesão do Senado. Ela assinalou a importância do enfrentamento ao racismo e ao sexismo institucional, que, em sua opinião, devem ser avaliados não quanto à atitude de quem os pratica, mas em seus efeitos na vida das pessoas.
Luiza Barros manifestou confiança nos bons resultados do programa:
– O Brasil vive hoje um momento extremamente favorável do ponto de vista dos processos de inclusão. Ninguém pode ficar para trás em relação a isso.
A diretora-geral do Senado, Dóris Peixoto, lamentou que no século 21 ainda ocorra discriminação de gênero e de raça, mas comemorou avanços importantes para o aumento da inclusão. Como exemplo, citou a aprovação pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) de projeto de lei que impõe multa à empresa que praticar discriminação salarial contra mulheres (PLC 130/2011).
A diretora lembrou que o serviço público tem a obrigação de dar o bom exemplo no tratamento equilibrado de gêneros e raças.
– Trata-se, com certeza, de mais um passo, entre os muitos que têm sido dados no programa de modernização administrativa da instituição. Um programa que visa, acima de tudo, construir um Senado moderno, dinâmico e atual – disse Dóris Peixoto, manifestado esperança de que a prática do Senado seja disseminada para as assembleias legislativas e câmaras de vereadores.
Também participaram da cerimônia as senadoras Ana Amélia (PP-RS), Ana Rita (PT-ES), Ângela Portela (PT-RR) e Lídice da Mata (PSB-BA).
Da Redação
07/03/2012
Agência Senado
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