Senado participa da 2ª Feira do Livro de São Luís (MA)



Em março de 1612, cerca de 400 a 500 franceses (nenhum deles era mulher) deixaram seu país amontoados em três embarcações em busca de riqueza no Brasil. O destino era "algumas centenas de léguas ao sul do Amazonas". Aos expedicionários foi dito que seriam recebidos como amigos e que seriam homens ricos em poucos anos. Desembarcaram no Maranhão no dia 26 de julho. Durante os três primeiros anos, aliaram-se aos índios Tupinambás. Chegaram a enviar embaixadores indígenas a Luiz XIII. Eles dançaram no Louvre e casaram com jovens francesas. Esse é o início da história relatada por Maurice Pianzola no livro Os Papagaios Amarelos, que o Senado Federal lançará na 2ª Feira do Livro de São Luís, iniciada na noite desta quinta-feira (9). O evento prossegue até o dia 19 de outubro.

O termo "papagaios", do título do livro, deve-se ao fato de os recém-chegados, os franceses, falarem muito. "Amarelos" porque eram louros e ruivos. Aliados com os índios eles fundaram abaixo do Amazonas uma colônia chamada França Equinocial. Também construíram o Forte de Saint Louis (São Luís), que se tornaria embrião da capital maranhense. A experiência durou três anos, até que a Europa despertou para novos interesses. Mas ficou a história desse encontro das culturas francesa, ameríndia e a do Brasil ainda em formação. Para concluir seu trabalho, o autor pesquisou em Paris, Lisboa, Sevilha, Brasil e Turim.

Na mesma linha, está à disposição no estande do Senado e também na livraria virtual (http://www.livrariasenado.com) o livro Continuação da História das Coisas mais Memoráveis Acontecidas no Maranhão nos Anos 1613 e 1614, de Yves D'Évreux. O padre capuchinho francês continua o trabalho do colega de igreja Claude d'Abberville, que escreveu História das Memoráveis Aventuras no Maranhão entre 1613-1614. A obra reeditada pelo Conselho Editorial do Senado narra episódios como a construção do Forte de São Luís e da partida dos franceses para o Amazonas na companhia dos índios Tupinambás, fala da flora e da fauna do Maranhão, do trabalho missionário com os índios e também de como os primeiros habitantes do Brasil viviam.

Outro livro importante para a história do Maranhão editado pelo Conselho Editorial do Senado e que está à disposição do leitor no estande da instituição instalado na Feira do Livro de São Luís é O Quilombo de Frechal, do italiano Roberto Malighetti. O autor é professor de antropologia cultural na Universidade de Milão-Bicocca. No livro ele analisa a construção da identidade em uma comunidade de remanescentes de escravos na área conhecida como Baixada Maranhense. Frechal é um dos mais antigos e importantes quilombos localizados no Maranhão. Ele foi o primeiro a fazer valer o dispositivo constitucional que reconhece aos descendentes de antigos quilombolas, no Brasil, a posse da terra em que vive e trabalha.

Braile

No domingo (12), às 18h, o Senado entrega a entidades que prestam apoio a portadores de deficiência visual do Maranhão exemplares de sua coleção em braile. Entre os títulos que serão disponibilizados estão a Constituição de 1988 (três volumes), atualizada até a última emenda promulgada, a 56; a Constituição do Estado do Maranhão; o Estatuto da Criança e do Adolescente; o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Acessibilidade da Pessoa com Deficiência.

Roberto Homem / Assessoria da Presidência



10/10/2008

Agência Senado


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