Senadores defendem ações para desenvolvimento da Amazônia



O senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) disse considerar importante a discussão sobre desenvolvimento sustentável da Amazônia, mas afirmou temer que essa expressão esteja se vulgarizando, "transformando-se num biombo atrás do qual escondemos todas as nossas mazelas". Ele defendeu uma atuação mais abrangente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na região e a associação da empresa às universidades locais.

Mesquita Junior disse ser importante também a adoção de medidas práticas e concretas para desenvolver a Amazônia. Ele sugeriu, por exemplo, que se busque um incremento em 5% na exportação de produtos da região, como a borracha e o açaí. O senador participa de audiência pública conjunta da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e da Subcomissão da Amazônia e da Faixa de Fronteira, ligada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), sobre o sistema de ciência e tecnologia e inovação na Amazônia.

O debate reúne representantes de entidades da área científica e tecnológica, como o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e de Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Barreto de Castro, e a diretora-presidente da Embrapa, em exercício, Tatiana de Abreu Sá.

Também presente à audiência, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) defendeu investimentos na agroindústria vinculada aos produtos da Amazônia e também em produtos nativos direcionados à produção de medicamentos.

Já o senador Augusto Botelho (PT-RR) sugeriu o aporte de recursos para desenvolvimento de tecnologia para retirada de árvores sem a derrubada de várias outras. Ele afirmou que não é a favor do "desmatamento zero", pois considera que o habitante a Amazônia deve ter o direito de retirar árvores para a sua sobrevivência. Caso contrário, frisou, terá que sobreviver as custas do Bolsa-família.

Apoio

O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) afirmou ser necessário fazer um chamamento para que países europeus não abandonem a Amazônia. Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), se não houver um projeto brasileiro que leve em conta a riqueza ecológica não adianta exigir da Amazônia que preserve suas florestas.

A realização de zoneamento para redefinir o bioma Amazônia foi defendida pelo senador Gilberto Goellner (DEM-MT). Ele sugeriu também que sejam destinados recursos no orçamento para incentivar a política extrativista, para que as pessoas que dependem dessa atividade na Amazônia não tenham que apelar para ações depredatórias.

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou ser necessário o desenvolvimento de estudos científicos e tecnológicos para evitar a transformação da Amazônia em santuário. Segundo o senador, é preciso se pensar na sobrevivência dos 25 milhões de habitantes da região.

Mais informações a seguir



03/06/2009

Agência Senado


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