Senadores elogiam atuação de Amorim na política externa brasileira



Durante audiência pública em que apresentou balanço da política externa brasileira nos oito anos do governo Lula, o chanceler Celso Amorim recebeu elogios dos integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), inclusive do presidente do colegiado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que é oposicionista.

- Não concordamos em tudo, como no caso de Venezuela e Bolívia, mas a avaliação de sua administração é positiva - afirmou Azeredo.

Os maiores elogios vieram do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), para quem Amorim garantiu ao Brasil uma "presença de qualidade" no cenário internacional, ao possibilitar papel de destaque ao país nos grandes fóruns mundiais. O parlamentar mencionou a questão nuclear do Irã, em que Brasil e Turquia representaram, segundo ele, uma exceção, ao interferirem nas negociações com um acordo entre os três países, fechado em maio.

- Quero parabenizar o Brasil por tê-lo tido como ministro por oito anos. A presença do Brasil hoje no mundo com maior número de embaixadas, maior número de embaixadores, maior número de países que mantêm relações com o Brasil - elogiou o senador, que classificou a política externa conduzida por Amorim como "independente, concreta, não apenas retórica".

Lula

Para Cristovam, o trabalho de Amorim foi decisivo para que Lula fosse visto pela comunidade internacional como "uma grande liderança mundial". Nesse sentido, Eduardo Suplicy (PT-SP) também lembrou a ocasião em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em reunião do G-20 em Londres, em abril de 2009, chamou Lula de "o cara".

Suplicy lembrou que Amorim esteve três vezes no Senado para esclarecer diversos temas em cada um dos oito anos como ministro. O senador elogiou a política de fortalecimento da integração entre os países da América do Sul.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) destacou a atuação de Amorim em favor de brasileiros em situação irregular em Portugal. Ressaltou também os acordos de cooperação internacional com países africanos como Zâmbia, Quênia, Botswana e Uganda, que passaram a ter representações brasileiras durante o governo Lula.

Inácio Arruda (PCdoB-CE) elogiou a política externa Sul-Sul em prol dos países pobres. Disse que Amorim e sua equipe "honram o nosso povo".

Alfredo Cotait (DEM-SP) disse que Celso Amorim teve "atuação extraordinária" na retirada de brasileiros durante a guerra civil no Líbano em 2006.



14/12/2010

Agência Senado


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