Senadores homenageiam Sibá Machado, que deixa o Senado com o retorno de Marina Silva



A líder petista Ideli Salvatti (SC), em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), fez uma homenagem em Plenário nesta terça-feira (20) a Sibá Machado (PT-AC), suplente da senadora Marina Silva, que exerceu o mandato desde 2003. Com o retorno de Marina à Casa após demitir-se do cargo de ministra do Meio Ambiente, Sibá deixa a suplência e retorna ao Acre. Vários senadores acompanharam Ideli na homenagem.

A líder do PT declarou sentir uma "saudade antecipada, uma saudade ruim" com a saída de Sibá, que traduziu como sendo aquela que a pessoa sente antes de a pessoa partir.

- Um companheiro que compartilhou bons e maus momentos; soube se fazer respeitar por todos em inúmeros embates e não permitia que sua condição de suplente o colocasse em outra categoria que não fosse a de senador em exercício pleno de seu mandato - elogiou a parlamentar.

Ideli disse ainda que a atuação de Sibá foi motivo de "orgulho" para seus pares e também para o Senado e ressaltou que a homenagem da bancada petista é "sincera, carinhosa e companheira".

A também petista Fátima Cleide (RO) referiu-se a Sibá como "o suplente mais titular que já houve". A senadora recordou sua relação de amizade, na qual não faltaram momentos de relacionamento acirrado, em que, assinalou, ele buscava incentivar o melhor.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que Sibá se firmou como "político de qualidade e sério". Para o parlamentar, Sibá Machado modificou a noção que se tinha na Casa a respeito dos suplentes, tendo honrado seu compromisso comorepresentante do povo, por seu " espírito público e responsabilidade pública".

Papaléo Paes (PSDB-AP) agradeceu a "convivência leal" e disse que o senador pelo Acre é uma pessoa "séria, competente e inteligente". Já o colega de partido e de estado, senador Tião Viana, agradeceu, em nome do povo do Acre, o fato de Sibá ter substituído a ministra Marina Silva "com honradez" e ter sido um exemplo de educação política.

-[Sibá] É dos cidadãos que representam o povo. Veio da luta do campesinato, foi cobrador de ônibus, entendeu o que era a CUT, fez uma peregrinação no movimento sindical, foi dos melhores quadros na luta política do nosso estado e dos partidos que compõem a vida democrática em nosso estado e o fez [exerceu o mandato] por seis anos com dedicação plena ao país, à causa ambiental, aos interesse da Amazônia, do setor produtivo - discorreu o senador.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) salientou o respeito que Sibá adquiriu como pessoa humana; destacou seu conhecimento dos problemas do Acre e a ética com que exerceu suas funções no Senado.

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse que Sibá " é maior que o mandato" pela seriedade com que o cumpriu. Ele agradeceu os conselhos e o apoio recebido de Sibá quando mudou de partido.

O também petista Paulo Paim (RS) afirmou que Sibá "conseguiu ser unanimidade", inclusive durante debate interno do PT. Agradeceu seus conselhos sobre temas indígenas, quilombolas, salário mínimo e Estatuto do Idoso, entre outros.

Já o senador Renato Casagrande (PSB-ES) enfatizou que as críticas aos suplentes eram infundadas no que lhe dizia respeito. Elogiou o trabalho de Sibá à frente da Subcomissão de Recursos Hídricos, subordinada à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que, avaliou, exerceu de forma competente.

O peemedebista Valter Pereira (MS) salientou a personalidade de Sibá que, tendo enfrentado "desafios e tarefas árduas", cumpriu "verdadeiro papel de advogado das causas partidárias, tendo demonstrado disciplina e fidelidade partidária", conforme o senador.

Por sua vez, o senador Flávio Arns (PT-PR) disse que não há quem não reconheça o quanto Sibá fez pelo Senado e pelo Brasil, nas comissões parlamentares de inquérito, comissões permanentes e temporárias, nas reuniões no partido, em grupos sociais, entre outros, onde foi, segundo ele, "incansável".

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) recordou que Sibá defendeu "causas justas" como a da Amazônia e do trabalhador e disse que o senador pelo Acre construiu uma carreira política respeitada, "degrau a degrau".

O senador Mão Santa (PMDB-PI) lembrou que Sibá nasceu em União, interior do Piauí, cidade de formação cristã, com um povo honrado e trabalhador.

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) ressaltou a divergência respeitosa existente entre ambos e afirmou que as próximas missões de Sibá serão bem-sucedidas devido a "sua garra e sua raça".

O senador Paulo Duque (PMDB-RJ) observou a dedicação de Sibá Machado que, lembrou, foi ao Rio de Janeiro especialmente para conhecer uma plataforma de extração de petróleo em Campos, interior do estado. Elogiou a "personalidade com que cumpriu seu papel de suplente".

O tambémpeemedebista Valdir Raupp (PMDB-RO) declarou que, apesar de a ex-ministra Marina Silva ser "uma personalidade pública de dimensões internacionais" dificilmente substituirá no Plenário e nas comissões o trabalho realizado por Sibá, a quem denominou "grande homem público".

O senador Augusto Botelho (PT-RR) enfatizou a luta de Sibá Machado em defesa da Amazônia e seu pioneirismo na discussão do biodiesel.

- O Brasil e a Humanidade terão uma dívida com Sibá, porque ele ajudou a apontar uma alternativa de energia para mantermos o país e o mundo no desenvolvimento que nós desejamos.

Já Mário Couto (PSDB-PA) observou que Sibá Machado é um "exemplo de persistência" e que vai deixar uma "profunda saudade" na Casa.



20/05/2008

Agência Senado


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