Senadores revezam-se na tribuna para homenagear Teotônio Vilela



A quase totalidade dos senadores presentes em Plenário nesta quinta-feira (28) revezaram-se na tribuna para homenagear Teotônio Vilela no 19º aniversário de sua morte. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), contemporâneo de Teotônio no Senado, chegou a pedir ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que não deixe de prestar uma homenagem ao -Menestrel das Alagoas- nas solenidades de posse. Motivo: o velho Teotônio tinha um carinho muito especial por Lula e pela causa dos metalúrgicos que, nos anos 70, deram início a um novo movimento sindical que, mas tarde, serviu de base para a formação do Partido dos Trabalhadores (PT), que agora chega ao poder.

Simon contou que Teotônio Vilela chegou a visitar Lula na prisão em que foi detido pelo regime militar. Para o senador, Teotônio jamais poderia imaginar que aquela pessoa jogada num canto de cela, barba por fazer e acossado pela ditadura, viesse mais tarde a ser presidente da República e um dos candidatos mais bem votados na história política do país.

O senador Romeu Tuma (PFL-SP), que na época chefiava o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), recordou que Teotônio Vilela visitava os presos políticos com freqüência. Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, não foi exceção. Para Tuma, Teotônio Vilela foi um dos maiores vultos da história contemporânea do país, possuindo uma grande paixão pelo Brasil e por sua gente.

A mesma opinião foi manifestada pelo senador Artur da Távola (PSDB-RJ), que mantinha estreitos laços de amizade com Teotônio Vilela. Segundo ele, Teotônio foi um exemplo de vida e um dos principais políticos que lutaram pela mudança da ordem institucional brasileira. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que Teotônio Vilela, -um dos maiores brasileiros de todos os tempos-, foi um exemplo de homem público e de cidadão, que deve ser seguido por gerações.

As homenagens pelos 19 anos da morte de Teotônio Vilela prosseguiram com o depoimento do senador Carlos Wilson (PTB-PE). Para ele, o -Menestrel das Alagoas- é um referencial de bravura e civismo,-e sempre foi uma espécie de linha de frente em defesa daqueles que sofreram retaliações pelo regime militar-.

O senador Francelino Pereira (PFL-MG) disse que a pregação de Teotônio deve ser sempre lembrada, principalmente aquela em favor das melhorias das condições sociais e econômicas da maioria do povo brasileiro. -O Brasil continua a ser um país injusto-, opinou Francelino.

Os senadores Geraldo Melo (PSDB-RN) e Romero Jucá (PSDB-RR) colocaram em relevo -a bravura cívica- de Teotônio em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária. Ambos também afirmaram que Teotônio foi um dos principais responsáveis pela construção da democracia brasileira. Já o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse ser chegado o momento de o país implantar a democracia econômica, onde cada cidadão tenha acesso ao emprego e à plena cidadania, a exemplo do que sempre pregou Teotônio Vilela.

Em nome da Mesa, o senador Edison Lobão (PFL-MA) associou-se às homenagens e disse que Teotônio Vilela, durante toda a sua vida de homem público, trabalhou por uma grande causa: a causa do Brasil.



28/11/2002

Agência Senado


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