Série Conexão Latina apresenta Mira Ira e Lô Borges
Parceria faz parte da série Conexão Latina
O grupo Mira Ira e Lô Borges & Banda dividem o mesmo palco no dia 25 de abril, sexta-feira, às 21h, no Auditório do Memorial da América Latina. Os dois grupos se conectam nos sucessos “Nuvem Cigana” (Lô Borges e Ronaldo Bastos) e “Paisagem da Janela” (Fernando Brant e Lô Borges), entre outros.
A parceria faz parte da série Conexão Latina, que já apresentou diversos artistas latino-americanos e brasileiros e contabilizou cerca de 7200 espectadores em shows que reuniram, por exemplo, Juan Falú & Yamandú Costa; Rolando Chaparro e Renato Borghetti e Marina de la Riva e Flávio Venturini.
Lô Borges é Sócio-fundador do lendário Clube da Esquina, no início dos anos 70, que revelou nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini. Neste show além de músicas inéditas, o cantor vai presentear os fãs com seus eternos sucessos: Clube da Esquina II, Trem Azul, Paisagem na Janela, Feira Moderna, Tudo que Você Podia Ser, Equatorial, Para Lennon e McCartney e Um Girassol da Cor do seu Cabelo, entre outras.
A banda que vai acompanhá-lo é a mesma que participou da gravação de “BHANDA”, formada por importantes músicos e amigos de longa data do compositor, como Giuliano Fernandes (guitarras e sitar), Renato Valente (baixo), Robinson Matos (bateria) e Gerson Barral (teclados e synths).
Já o trio Mira Ira traz melodias na voz de Lula, a latinidade no canto de Miriam Miráh e o sax e os elaborados arranjos de Mário Luz transmitem a riqueza desses três talentos, o que resulta em música de ótima qualidade. No repertório 27 canções dentre elas Dream a Little Dream of Me (W. Schwandt/G. Kahn/F. André), Al Otro Lado Del Rio (Jorge Drexler), Adonirando (Lula Barbosa / Levi Ferrari), Yolanda (Pablo Milanés), Viajar (Lula Barbosa / Mário Lúcio Marques), e a música de deu origem ao grupo, Mira Ira (Lula Barbosa / Vanderlei de Castro)
Elo musical: o projeto Conexão Latina promove mensalmente o encontro de artistas e grupos latino americanos que sobem ao palco do Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, dispostos a estabelecer um "diálogo musical", revelando o que há em comum entre suas composições, interpretações, arranjos e performances.
Além de proporcionar à capital paulista um contato mais próximo com a cultura musical do continente, a série Conexão Latina permite a troca de informações e experiências, fortalecendo a integração cultural entre os países latino-americanos.
Mário Lúcio, Luiz Carlos Barbosa (o Lula) e Miriam Mirah formam um trio de destaque. Eles se reúnem para um trabalho onde toda a sonoridade e a originalidade mostrada com a canção “Mira Ira”, nos anos 80, continua atuante e em pleno vigor. As melodias na voz de Lula, a latinidade no canto de Miriam Miráh e o sax e os elaborados arranjos de Mário Luz transmitem a riqueza desses três talentos, o que resulta em música brasileira de ótima qualidade.
Pode-se dizer que Miriam Mirah é uma das pioneiras em São Paulo dos ritmos latino-americanos. Em 1972, no auge da MPB de protesto, ela funda o Tarancón, que se tornou um dos grandes intérpretes de músicas que bebiam na fonte do folclore latino-americano, como as composições de Violeta Parra.
Em 1985, Barbosa participava ativamente do mundo da MPB, ambiente de grandes nomes como Chico, Milton, Tom; Miriam participava do mundo latino, terreno de Mercedes Sosa, Vitor Jara, Violeta Parra; Mário Lúcio estava inserido no mundo instrumental e do funk, raiz de Placa Luminosa. Logo que se aproximou de Miriam, compôs uma canção, junto com Vanderlei de Castro, que brincava com a sonoridade de seu nome, Miriam, “Mira, Ira”.
Em 1985, incentivado por um amigo, Lula escreveu a música no Festival dos Festivais, da TV Globo. Com a melodia classificada, surgiu a idéia de procurar o Placa Luminosa. O resultado foi um show, lotado, no Ibirapuera, com a apresentação de Lula, Miram, Tarancón e Placa Luminosa, sob a regência de Mário Lúcio. A música não ganhou o primeiro lugar, mas é marcante até hoje para quem acompanhou a apresentação e o trabalho desses artistas. O disco do Festival vendeu mais de 500 mil cópias.
Com quinhentas músicas escritas e mais de cem gravadas, o paulista Lula cita a importância dos festivais para a divulgação da música brasileira e a inspiração de suas composições: “Acredito que foram os festivais da TV Excelsior, Record, Globo: eu era pequeno, mas assisti pela TV, ainda em branco e preto, o Gil, o Chico Buarque, o Caetano, o Vandré. Foi uma fase da música muito forte e influenciou toda uma geração.”
Lô Borges nasceu em 10 de janeiro de 1952. Cantor e compositor brasileiro foi um dos fundadores do Clube da Esquina, onde estreou com 19 anos. Em 1973, gravou seu primeiro álbum individual, “Lô Borges”, com canções suas e em parceria com Ronaldo Bastos e Márcio Borges. O terceiro LP, “Via Láctea”, de 1979, é considerado o mais importante de sua carreira. No ano de 1980, juntou-se aos irmãos e alguns amigos para lançar “Os Borges”.
Em plena atividade, lançou em 2001 a coletânea “Feira Moderna”, e gravou outros discos, como “Meu Filme”, de 1996. No ano de 2003, saiu álbum “Um Dia e Meio”, com composições inéditas.
O artista tem músicas suas gravadas por diversos cantores e veai interpretar para o público do Memorial seus grandes sucessos, como “Paisagem da Janela” e “Girassol da Cor de seu Cabelo”.
O Clube da Esquina foi um grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. Revelou grandes intérpretes da música nacional, como Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini. Nos últimos 50 anos, o Clube da Esquina foi um dos principais movimentos a fecundar a rica Música Popular Brasileira.
Serviço:
Conexão Latina: Mira Ira e Lô Borges
25 de abril, sexta-feira, 21h
Fundação Memorial da América Latina/ Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda
Ingressos: R$ 10,00.
Bilheteria: dia 24, das 14h às 19h, e dia 25 a partir das 14h.
Do Memorial da América Lartina
C.M.
04/25/2008
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