Serys diz que mulheres ainda sofrem discriminação em vários setores



A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse, na sessão especial pela passagem do Dia Mundial do Turismo, comemorado nesta quinta-feira (27), que 1,3 bilhão de pessoas vivem em situação de pobreza no mundo, das quais 70% são mulheres. Ao citar estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU), Serys informou que as mulheres representam 66% da força de trabalho no mundo, mas movimentam somente 10% da renda mundial e detêm menos de 1% das propriedades.

No Brasil, segundo dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados pela senadora, as mulheres, mesmo constituindo 51% da população residente, sofrem mais com o desemprego e com menores salários. Esse quadro, acrescentou, repete-se nas atividades do setor de turismo, que emprega cerca de dois milhões de mulheres, conforme dados do IBGE, representando 36,4% dos ocupados na área.

Serys disse que, entre essas mulheres que trabalham no turismo, 11,2% ainda não são remuneradas, contra 3% de homens que estão na mesma situação. Observou também que a informalidade atinge mais as mulheres, que representam 40,1% dos trabalhadores sem carteira assinada.

Quanto a salários, acrescentou Serys, as mulheres têm rendimento médio no Brasil de R$ 427, enquanto os homens obtêm R$ 662. Ela destacou ainda o problema do turismo sexual, atingindo adolescentes de várias partes do mundo em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Para a senadora, essa prática "é uma lástima e uma chaga" que deve ser combatida.

A representante de Mato Grosso disse que o país ainda precisa reduzir seus índices de desigualdade entre gêneros, e elogiou o tema da campanha deste ano da Organização Mundial do Turismo (OMT) - "O turismo abre portas para as mulheres" -, afirmando que o país ainda dará um salto em seu desenvolvimento sustentável, contando com a maior participação das mulheres em todos os setores.

- Algumas nações já avançaram mais que a nossa no sentido da igualdade entre gêneros, enquanto outras têm problemas que já conseguimos superar, como a discriminação contida nas leis. [...] Celebremos, pois, este Dia Mundial do Turismo com a mente voltada para as trabalhadoras do setor, às quais a própria OMT dedicou o evento, às jovens exploradas e a todas as mulheres do mundo, vítimas das desigualdades - afirmou.



27/09/2007

Agência Senado


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