Setor siderúrgico vê recuperação do mercado interno



Representantes do setor de siderurgia do País consideram que a cadeia produtiva teve uma recuperação positiva após a crise financeira global no ano passado. Empresários dos setores de aço, ferro-gusa, sucata e fundição apresentaram o cenário atual do mercado na 5ª reunião de articulação público-privada do Fórum de Competitividade da Siderurgia, que ocorreu nesta quarta-feira (28) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No encontro, os representantes comemoraram a retomada da demanda do mercado interno por conta da expansão das vendas da indústria automotiva, de eletrodomésticos e da construção civil. Esse aumento ocorreu por conta dos estímulos fiscais recebidos.

No entanto, também se mostraram preocupados quanto ao mercado externo e à lenta recuperação das exportações, já que a cadeia produtiva brasileira de aço tem aproximadamente metade da capacidade instalada voltada para vendas ao exterior.

Durante a reunião, o setor de distribuidores de aço também apresentou um projeto de internacionalização desta indústria, que é conduzido com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). A parceria busca capacitar os empresários do setor para atuar no mercado internacional.

O mercado profissional também foi tema de palestra no fórum da siderurgia. Segundo um estudo apresentado no evento, o setor apresentou aumento na demanda por profissionais da área (como engenheiros e técnicos), e por isso, há necessidade de expandir a oferta de cursos nestas áreas de conhecimento.

Compromissos ambientais

Além das expectativas de crescimento, um dos painéis expôs medidas para que a cadeia produtiva cumpra as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa. Os dados foram apresentados pelo coordenador-geral do evento, Tólio Ribeiro, e o diretor de Competitividade Industrial, da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP), Marco Otávio Bezerra Prates.

O painel relembrou que o setor siderúrgico tem a meta de reduzir entre 8 e 10 milhões de toneladas de emissões de CO2 até 2020, conforme acordo firmado pelo governo brasileiro na 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 15), em Copenhague, na Dinamarca, no ano passado.

A principal ação para alcançar esta meta e a utilização de carvão vegetal como combustível para esta indústria. Neste sentido, diversos projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDLs) podem ser aplicados para compensar as emissões.

O governo, juntamente com a cadeia produtiva, estuda também adotar novas normas de utilização do carvão vegetal, que tornem o seu aproveitamento mais sustentável. Ainda sobre o tema ambiental, os representantes do setor solicitaram dar mais atenção para a questão do licenciamento de empreendimentos.

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

 



30/04/2010 11:24


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