Sistema Interligado Nacional
A capacidade instalada da matriz de energia elétrica do Brasil alcançou, em março de 2013, 122,9 mil megawatts (MW), potência 64,3% maior do que os 74,8 mil MW instalados em dezembro de 2001. Esse aumento é tão significativo que o Sistema Interligado Nacional (SIN) exige uma coordenação sistêmica para assegurar que a energia gerada pelos 2.800 empreendimentos em operação (Boletim Mensal de Monitoramento – março/2013) chegue ao consumidor com segurança, além de garantir o suprimento de forma contínua, com qualidade e com preços acessíveis para todos (universalização do atendimento).
Essa coordenação é feita pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), cuja função básica é controlar a operação eletroenergética das instalações de geração e de transmissão de energia elétrica do SIN, no qual predomina a fonte hidrelétrica, privilégio de poucos países no mundo todo.
Para operar o SIN, o ONS conta com cinco Centros de Operação espalhados pelo País, que realizam, ininterruptamente, a coordenação, a supervisão e o controle da operação de toda a matriz de energia elétrica brasileira. Esses centros controlam mais de 49 mil intervenções anuais; recebem, a cada 4 segundos, mais de 40 mil registros de medidas; gravam mais de 10 milhões de registros por dia; e têm à disposição 761 instruções de operação e 1.040 diagramas atualizados.
É importante ressaltar que apenas 2,2% da produção de eletricidade do País ainda se encontra fora do SIN, em pequenos sistemas elétricos dimensionados apenas para o atendimento de necessidades localizadas, chamados de Sistemas Isolados, que se encontram, principalmente, na região amazônica.
Matriz mais limpa
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o governo precisará contratar 52 gigawatts (GW) de potência instalada para o SIN até 2021, dado o crescimento da atividade econômica do País – projeções levam em consideração uma expansão média anual do Produto Interno Bruto de 4,7% nos próximos dez anos – e, consequentemente, da demanda de energia, com uma elasticidade-renda do consumo de energia de aproximadamente 1,01.
A ideia, ainda segundo a EPE, é que a maior parte das contratações seja feita apenas de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e termelétricas baseadas em biomassa, soluções ambientalmente vantajosas para o País. Com essa nova expansão, o total do Sistema Interligado Nacional passará dos atuais 122,9 mil MW para 174,2 mil MW nos próximos dez anos.
Essa energia adicional virá de 121 empreendimentos em construção e de mais 543 concedidos para operar. Estão em andamento, por exemplo, hidrelétricas de grande porte como as de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte. Esta última, quando concluída, será a terceira maior do mundo. Esses projetos continuarão a manter o Brasil como o maior mercado mundial de energias renováveis e líder global no financiamento de energias limpas.
Em março de 2013, as usinas hidrelétricas em operação respondiam por 68,9% da matriz de energia elétrica brasileira. A segunda maior fonte é a termoelétrica, responsável por 29,4% da capacidade instalada, incluindo a fonte nuclear (1,6%). Outras fonte participante da matriz de energia elétrica é a eólica (1,7%).
Fontes:
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Operador Nacional do Sistema (ONS)
Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
01/07/2013 17:25
Artigos Relacionados
Sistema Interligado Nacional: Sistemas Isolados
Angra 1 já está reconectada ao Sistema Interligado Nacional
Comitê avalia condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional
Amazonas, Amapá e oeste do Pará ligados ao Sistema Interligado Nacional (SIN)
Geração de energia pelo Sistema Interligado Nacional cresce 3,4% em relação a 2010
Energia gerada por usinas que integram Sistema Interligado Nacional aumenta 2,5% em julho