Sobem taxas de empréstimo e cheque especial



Pequisa do Procon foi feita em 10 bancos no último dia 2

A Fundação Procon-SP realizou pesquisa em dez instituições financeiras as taxas de juros de empréstimo pessoal e de cheque especial para pessoa física. O órgão registrou alta nas duas modalidades. Foram avaliados, no último dia 2: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,67% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 5,61% a.m., significando um acréscimo de 0,06 ponto percentual. 

No cheque especial, a taxa média foi de 8,83% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,73% a.m., significando um acréscimo de 0,10 ponto percentual.

Desde o início do ano, a taxa média do empréstimo pessoal elevou-se em 0,31 ponto percentual; no cheque especial, o aumento foi de 0,62 ponto percentual. O avanço do uso de linhas mais curtas (cheque especial/cartão de crédito) e emergenciais é o primeiro sintoma de uma piora do ambiente do crédito.

As três maiores altas verificadas na taxa de empréstimo pessoal foram:

Itaú – alterou de 6,39% para 6,58% a.m., o que significa um acréscimo de 0,19 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,97% em relação à taxa de junho/08;

Unibanco – alterou de 6,45% para 6,59% a.m., o que significa um acréscimo de 0,14 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,17% em relação à taxa de junho/08;

Santander – alterou de 5,78% para 5,90% a.m., o que significa um acréscimo de 0,12 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,08% em relação à taxa de junho/08.

Das dez instituições pesquisadas, seis elevaram a taxa do empréstimo pessoal e quatro mantiveram a mesma taxa do mês passado.

As três maiores altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

Caixa Econômica Federal – alterou de 7,20% para 7,98% a.m., o que significa um acréscimo de 0,78 ponto percentual, representando uma variação positiva de 10,83% em relação à taxa de junho/08;

Itaú – alterou de 8,42% para 8,55% a.m., o que significa um acréscimo de 0,13 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,54% em relação à taxa de junho/08;

Banco do Brasil – alterou de 8,30% para 8,35% a.m., o que significa um acréscimo de 0,05 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,60% em relação à taxa de junho/08.

Dos dez bancos pesquisados, quatro elevaram a taxa do cheque especial e seis permaneceram com a mesma taxa do mês anterior.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Na reunião de junho do Comitê de Política Monetária – COPOM, o Banco Central decidiu elevar os juros básicos da economia pela segunda vez neste ano, em 0,5 ponto percentual e fixou a Selic em 12,25% anuais. Conforme cronograma do COPOM, a próxima reunião deverá ocorrer nos dias 22 e 23/07/08.

O Banco Central mostra preocupação com o ritmo de crescimento da economia e a demanda aquecida, provocados pela expansão do crédito e a melhora da renda. A alta da taxa básica, entre outras medidas adotadas pelo Banco Central, tem elevado o custo de captação dos bancos, o que aumenta o juro cobrado nos empréstimos.

Apesar da expansão nos últimos anos, o crédito para pessoa física já dá sinais de desaceleração. As famílias continuam tomando empréstimos, mas em ritmo menor que o de alguns meses atrás.    

Outro fator que ajuda a arrefecer a demanda por crédito é a interrupção do aumento do prazo. Os bancos e o varejo tendem a emprestar por menos tempo diante das dúvidas quanto ao período de aperto monetário realizado pelo Banco Central. 

O consumidor deve aguardar uma data mais oportuna para pedir empréstimos, já que a tendência é de alta dos juros. Deve evitar também a utilização do limite do cheque especial, restringindo essa linha de crédito a situações emergenciais e de curto prazo.

Do Procon



07/14/2008


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