SP investe R$ 222,3 mi para receber os alunos na volta às aulas
Além de outras ações, recursos foram destinados a reparos nas 5,3 mil unidades da rede
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo investiu R$ 222,3 milhões para receber os cerca de 4,2 milhões de alunos na volta às aulas na quarta-feira, 1º de fevereiro. Os recursos foram destinados a reparos nas 5,3 mil unidades de ensino da rede estadual, por meio do Trato na Escola, e também à distribuição dos cadernos de apoio curricular, do programa São Paulo Faz Escola, e dos kits de material escolar.
Neste ano, as escolas estaduais contarão ainda com novidades como a oferta de educação técnica aliada ao Ensino Médio regular, por meio da Rede Ensino Médio Técnico; um novo modelo de Ensino Médio de tempo integral; dois novos modelos de recuperação, um deles com professores-auxiliares nas classes cujos alunos necessitarem de atenção suplementar no processo de aprendizagem; além de mais de 14 mil novos docentes efetivos.
Trato na Escola
Por meio do programa Trato na Escola, foram investidos R$ 55,1 milhões na revitalização das cerca de 5,3 mil escolas da rede estadual para este ano letivo. O repasse é destinado à execução de pequenas reformas ou reparos, pintura e troca de equipamentos. O objetivo é preparar as unidades para melhor recepcionar os alunos que iniciarão as aulas no dia 1º de fevereiro.
Do total, R$ 2,68 milhões foram investidos na compra de kits pintura enviados às escolas estaduais da capital e Grande São Paulo. Para as unidades do interior, foi utilizado o material remanescente de 2011, não havendo necessidade de nova aquisição. Também foram adquiridas cortinas, no valor de R$ 13,6 milhões, destinadas a 913 unidades da rede em todo o Estado. O restante da verba, foi repassado às Associações de Pais e Mestres (APM) das escolas. Cada APM recebeu R$ 7,9 mil, que poderão ser empregados na contratação de serviços de pintura interna, externa, de quadra e de lousa, além de materiais necessários para a realização dos reparos.
Caderno do Aluno
Para o início das aulas, a Secretaria da Educação do Estado distribuiu 35,3 milhões de exemplares do volume I do Caderno do Aluno para as cerca de 4,2 mil escolas de Ciclo II do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio da rede estadual. Desenvolvido pelo programa São Paulo Faz Escola, o material de apoio curricular representa um investimento de R$ 15,7 milhões da Pasta e contém a base do conteúdo que os estudantes dos respectivos anos/séries trabalharão no 1º bimestre deste ano, conforme o currículo oficial do Estado de São Paulo.
No total, foram distribuídos oito cadernos para cada ano do Ciclo II do Ensino Fundamental, sendo um exemplar por disciplina (língua portuguesa, arte, língua estrangeira moderna/inglês, educação física, matemática, geografia, história e ciências). Para o Ensino Médio, serão entregues 12 cadernos a cada série, também um exemplar por disciplina (língua portuguesa, arte, língua estrangeira moderna/inglês, educação física, matemática, geografia, história, filosofia, sociologia, química, física e biologia).
A Administração investiu ainda R$ 800 mil na produção, a cargo da Fundação Dorina Nowill, de 10 mil Cadernos do Aluno em Braille para atender aos estudantes com deficiência visual. Do total, 2.476 exemplares referem-se ao volume 1. Os demais, que contemplam as outras três edições do caderno, serão distribuídos no decorrer do ano, bimestralmente.
O São Paulo Faz Escola é um programa de cunho pedagógico que visa à distribuição de material de apoio curricular às escolas, para alunos e professores, tanto da rede estadual como municipal (no caso dos municípios com que possuem convênio com o Estado). Durante todo o ano, os alunos recebem quatro volumes, um para cada bimestre.
Kits de material escolar
Na volta às aulas, cada um dos cerca de 4,2 milhões de alunos da rede estadual receberá um kit de material escolar, composto por caderno, caneta, lápis, lápis de cor, apontador, borracha e régua. Serão entregues três composições diferentes, sendo uma para os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental (ciclo I), uma para os do 6º ao 9º ano desse mesmo nível de ensino (ciclo II) e outra para os estudantes das três séries do Ensino Médio, incluindo aqueles matriculados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Indígena e Educação Especial.
Cada kit custou à Pasta, em média, R$ 32,44, totalizando um investimento de R$ 151,4 milhões. Para adquirir o mesmo conjunto, comprado individualmente em papelarias comuns, os pais dos alunos teriam de desembolsar mais de R$ 100.
Novos professores
Neste ano letivo, a rede estadual terá ainda um maior corpo docente efetivo. Mais de 14 mil professores que concluíram o curso de ingressantes na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores "Paulo Renato Costa Souza" (EFAP) começarão a lecionar nas escolas estaduais a partir de fevereiro. Do total de novos docentes, cerca de 27% atuarão em unidades da rede estadual na capital, 30% na Grande São Paulo e 43% no interior.
Recuperação contínua e intensiva
As escolas estaduais passam a contar ainda com professores-auxiliares, que darão suporte aos docentes titulares na assistência a alunos dos ensinos Fundamental e Médio que necessitarem de atenção suplementar no processo de aprendizagem, em uma modalidade contínua de recuperação. Haverá também a recuperação intensiva, que possibilitará a formação de classes para até 20 estudantes em quatro etapas do Ensino Fundamental, com estratégias pedagógicas diferenciadas e específicas, de acordo com as necessidades dos alunos com dificuldades de aprendizado.
Os novos mecanismos visam a atender às diversas características e ritmos de aprendizagem, a fim de melhorar o desempenho dos estudantes.
Ensino Médio de tempo integral
O novo modelo de Ensino Médio de tempo integral oferecerá jornada ampliada de seis horas para nove horas e meia, incluindo três refeições diárias, em 16 unidades em diferentes regiões do Estado. A estrutura contará com salas temáticas de português, história, arte e geografia, salas de leitura e informática, e laboratórios de biologia, química, física e matemática. Só em recursos audiovisuais, incluindo lousas interativas, serão investidos R$ 299 mil por escola, em um total de R$ 3,18 milhões. Para as reformas e obras de adaptação foram destinados R$ 4,6 milhões.
Apenas nas 16 escolas estaduais em período integral, a volta às aulas será no dia 13 de fevereiro. A diferença entre as datas de início de ano letivo se deve às especificidades previstas no novo modelo, que inclui uma preparação diferenciada de professores e gestores.
Rede Ensino Médio Técnico
Lançado em 2011, o programa Rede Ensino Médio Técnico (Retec) tem por objetivo articular a rede estadual ao ensino técnico e será executado pela Secretaria de Estado da Educação em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e com o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, além de outras instituições de ensino técnico credenciadas. Nesta primeira etapa, a Pasta investirá R$ 120 milhões à iniciativa.
A educação técnica profissional será oferecida em duas modalidades, uma, de forma concomitante, e outra, integrada ao Ensino Médio, que terão início em fevereiro deste ano. Na modalidade concomitante, o aluno cursará o Ensino Médio na rede estadual e o técnico à parte, em uma das instituições de educação profissional credenciadas pela Secretaria. Neste ano, esse modelo será implantado em 94 municípios paulistas e atenderá a alunos que cursarão a 3ª série do Ensino Médio das escolas estaduais, incluindo na Educação de Jovens e Adultos. Foram ofertadas 30 mil vagas em 58 diferentes cursos técnicos.
Na modalidade integrada, que também terá início em fevereiro, a formação básica e o ensino técnico serão oferecidos em um único curso estruturado por uma equipe técnica formada por representantes da Secretaria, do Instituto Federal e do Centro Paula Souza. Foram disponibilizadas 3,1 mil vagas, destinadas a alunos matriculados este ano na 1ª série do Ensino Médio das escolas estaduais selecionadas. A modalidade prevê 11 diferentes cursos técnicos por meio do Instituto Federal e 17 por meio do Centro Paula Souza.
Até o fim de 2012, somando as duas modalidades, serão oferecidas cerca de 100 mil vagas. A meta, até 2014, é alcançar 30% das matrículas no Ensino Médio articulado à educação profissional técnica de nível médio, beneficiando aproximadamente 450 mil estudantes.
Da Secretaria da Educação
01/31/2012
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