Superavit do setor público chega a R$7,9 bi e tem o melhor resultado de fevereiro
O superavit primário do setor público fechou o mês de fevereiro com um total de R$7,9 bilhões em fevereiro, o que corresponde ao melhor resultado para o mês desde o início da série, em 2001.
Os dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (31), mostram que os resultados superavitários se repetiram em todos os segmentos do setor público: o Governo Central, R$2,5 bilhões; os governos regionais, R$4,7 bilhões; e as empresas estatais, R$675 milhões.
Em relação a fevereiro do ano passado, cresceram em R$3,2 bilhões e em R$1,6 bilhão os superavits primários do Governo Central e dos governos regionais, respectivamente.
No ano, o resultado primário atingiu R$25,7 bilhões (4,22% do PIB). Em doze meses, o referido superavit alcançou R$108,1 bilhões (2,89% do PIB).
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$19,1 bilhões em fevereiro, comparativamente a R$19,3 bilhões em janeiro. No ano, os juros apropriados atingiram R$38,4 bilhões, comparativamente a R$28,4 bilhões no primeiro bimestre de 2010, influenciados, parcialmente, pela elevação da taxa Selic acumulada no período. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$205,4 bilhões (5,5% do PIB).
O resultado nominal, que inclui o superavit primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$11,2 bilhões em fevereiro. No ano, o déficit nominal atingiu R$12,7 bilhões (2,09% do PIB). No acumulado em doze meses, o resultado foi deficitário em R$97,3 bilhões (2,60% do PIB).
O financiamento do déficit nominal registrado em fevereiro ocorreu mediante expansões de R$25,3 bilhões na dívida mobiliária e de R$10,6 bilhões na dívida bancária líquida, contrabalançadas, parcialmente, pelas reduções de R$16,9 bilhões no financiamento externo líquido e de R$7,8 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
Dívida mobiliária federal
De acordo com a autoridade monetária, a dívida mobiliária federal fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$1.586 bilhões (42,4% do PIB) em fevereiro, acréscimo de R$43,5 bilhões em relação a janeiro.
Ao final de fevereiro, a estrutura de vencimentos da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$249,5 bilhões, 15,7% do total, com vencimento em 2011; R$303,1 bilhões, 19,1% do total, com vencimento em 2012; e R$1.033,4 bilhões, 65,2% do total, vencendo a partir de janeiro de 2013.
Em fevereiro a exposição total líquida nas operações reversas de swap cambial alcançou R$13,7 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$193 milhões, no conceito caixa, valor contemplado na apuração das necessidades de financiamento do setor público.
Dívida líquida do setor público
A dívida líquida do setor público atingiu R$1.491,4 bilhões (39,9% do PIB) em fevereiro. Além da apropriação de juros nominais, contribuiu para essa elevação a apreciação cambial de 0,73% registrada no mês.
Segundo o Banco Central, a Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) atingiu R$2.083,4 bilhões (55,8% do PIB) em fevereiro, comparativamente a R$2.058,9 bilhões (55,6% do PIB) em janeiro. O aumento da dívida mobiliária em mercado foi o principal determinante desse crescimento.
Fonte:
Banco Central
31/03/2011 14:37
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