Suplicy elogia decisão de Fernando Haddad de tornar o Enem um dos critérios para ingresso em curso superior
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou o ministro da Educação, Fernando Haddad, pela iniciativa de modificar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e torná-lo uma das formas de acesso a faculdades e universidades. Pela proposta, as instituições de ensino superior poderão utilizar o novo Enem como parte de seu processo seletivo ou como único critério.
_ O objetivo é oferecer um sistema de avaliação que privilegie a capacidade crítica e analítica dos estudantes, em detrimento dos atuais modelos de vestibulares, que valorizam principalmente a memorização dos conteúdos ministrados no ensino médio - destacou o senador.
O novo Enem, disse Suplicy, será realizado em dois dias e terá quatro grupos de testes de múltipla escolha: linguagens, códigos e suas tecnologias, incluindo redação; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. As instituições que aderirem ao sistema unificado poderão atribuir pesos diferentes às provas, dependendo de cada curso ofertado. O sistema contemplará ainda as vagas para as políticas afirmativas.
O senador citou pesquisa realizada em conjunto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) segundo a qual os investimentos públicos diretos na educação brasileira aumentaram pelo segundo ano consecutivo. Em 2007, os recursos investidos pelos governos federal, estaduais e municipais representaram 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 117,4 bilhões. No ano anterior, foi de 4,4%, e, em 2005, de 3,9%.
Suplicy informou que esse percentual se aproxima dos 5%, em média, aplicados por países desenvolvidos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O senador enfatizou que o maior incremento está na educação básica, responsável por 3,9% do total, contra 3,7% em 2006.
O senador saudou a presença em Plenário do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Nunes.
16/04/2009
Agência Senado
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