Sustentabilidade da bioenergia é tema de debate em Tóquio
O Brasil participa da reunião da Parceria Global de Bioenergia (Global Bioenergy Partnership-GBEP, na sigla em inglês), realizada entre 15 e 18 de novembro, em Tóquio, no Japão. O encontro marca o encerramento das atividades das duas primeiras forças-tarefas criadas no âmbito dessa iniciativa, a de “Padronização de Metodologias de Cálculo de Emissões de Gases de Efeito Estufa” e a responsável pela elaboração dos “Princípios, Critérios e Indicadores de Sustentabilidade”.
A reunião irá apresentar a metodologia de cálculos de emissões de gases de efeito estufa, validada ao longo de três anos de discussões. Os 24 indicadores de sustentabilidade, distribuídos igualmente entre os pilares econômico, social e ambiental, também deverão ser validados.
Concluído esse referencial de sustentabilidade, a Parceria Global de Bioenergia pretende promover o fortalecimento das ações de cooperação com foco no suporte aos países menos desenvolvidos. O debate sobre a nova Força-Tarefa, que acontecerá durante a reunião, deverá ser responsável por divulgar os trabalhos das anteriores, bem como, desenhar ações concretas de cooperação, com vistas ao desenvolvimento do mercado para a bioenergia.
O Brasil já desenvolve experiências bem-sucedidas, como a realização de estudos de viabilidade técnica para os biocombustíveis, em ações trilaterais de cooperação. Alguns desses estudos foram realizados pela Fundação Getúlio Vargas em El Salvador, República Dominicana e Senegal. O Brasil também auxiliou no Memorando de Entendimentos assinado com o Governo dos Estados Unidos, e, recentemente, em Moçambique, numa iniciativa conjunta com a União Europeia.
Parceria Global de Bioenergia
O GBEP foi constituído em 2005 com o objetivo de promover a produção e uso sustentáveis da bioenergia. Surgiu como uma iniciativa do G8 (França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Estados Unidos, Canadá e Rússia), que fez um mapeamento da bioenergia dentro do próprio G-8 e de cinco países em desenvolvimento (África do Sul, México, China, Índia e Brasil), que foram convidados a aderir à iniciativa. O Brasil ingressou em 2007 e assumiu a co-presidência desde então. Também fazem parte organismos internacionais como Banco Mundial, Agência Internacional de Energia, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, sigla em inglês), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, sigla em inglês) e Fundação das Nações Unidas.
Fonte:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento
16/11/2011 15:43
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