Tarso bate Olívio em Porto Alegre por 613 votos







Tarso bate Olívio em Porto Alegre por 613 votos
Na prévia nacional do PT para a Presidência da República, Lula fez 3.969 votos dos 4.983 apurados no RS até ontem à noite. Supilcy fez 866. Os brancos e os nulos eram 148

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, confirmou seu favoritismo em Porto Alegre, vencendo o governador Olívio Dutra nas dez zonais. O resultado oficial mostra uma diferença de 613 votos pró-Tarso. O prefeito fez. 2.926 contra 2.313 de Olívio.

Os aliados de Olívio que avaliavam com muito otimismo os primeiros resultados do interior, a partir das 22h, passaram a divulgar com cautela a diferença que diminuia entre os dois candidatos. Os tarsistas já ensaiavam uma festa da vitória, mas Tarso evitou declarações: "Não terminou a contagem. Não temos resultados ainda".

O governador Olívio Dutra mostrando serenidade disse que não iria esperar o final da apuração: “Amanhã, nós temos expediente", disse, referindo-se a sua agenda como governador. Elogiou o processo das prévias que "foi bonito e estimulado, tanto por mim quanto por Tarso, junto à militância".

Os aliados de Olívio, visivelmente abatidos, ainda apostavam em "zonas da mata" do governador mas não eram convincentes. O crescimento de Tarso sinalizava sua vitória por pequena margem de votos sobre Olívio.


Prefeito leva vantagem em grandes cidades do interior
Tarso Genro venceu a prévia em alguns dos maiores colégios eleitorais do partido, como Gravataí, Caxias do Sul e Pelotas. Em Gravataí ele livrou quase mil votos de vantagem e ganhou por 1.329 a 356, graças ao apoio do prefeito do município, Daniel Bordignon. O resultado de Caxias do Sul surpreendeu, pois Olívio Dutra tinha o respaldo do prefeito Pepe Vargas.

Mas Tarso acabou vencendo por 375 a 359, apoiado pelo deputado Roque Grazziotin, representante daquele município na Assembléia.

Em Pelotas, a situação foi semelhante à de Caxias do Sul. Tarso saiu vitorioso por 481 a 394, com o trabalho do prefeito Fernando Marroni, que foi às ruas vestindo a camiseta do candidato. Olívio, derrotado, teve a deputada Cecília Hypolito como principal eleitora naquela cidade.

No município de Canoas, terra do secretário estadual da Administração, Marco Maia, o governador ganhou por 561 a 482. O apoio do secretário de Turismo, Milton Zuanazzi, não foi suficiente para dar vitória folgada a Olívio em sua base, região dos Campos de Cima da Serra, onde ganhou por 128 a 127. Em Santa Maria, reduto de Tarso, Olívio também venceu, apesar do resultado apertado, 558 a 530.

Em Mato Leitão, Esperança do Sul, Nicolau Vergueiro e Terra de Areia a votação foi anulada porque as urnas foram fechadas ao meio-dia e não às 17h, como estava previsto. Também podem ser impugnadas as urnas de Flores da Cunha e São Marcos. Ambas chegaram sem lacre à regional da Serra e foram enviadas para Porto Alegre para apuração. Conforme a direção estadual, 35 mil filiados participaram da prévia no Rio Grande do Sul. A previsão era de 40 mil militantes votassem


Dossiês pairam sobre Roseana e o marido
Ainda não se sabe ao certo quantos dossiês existem contra eles, quem são os autores e qual é o exato conteúdo dos documentos que circularam entre alguns políticos

Jorge Murad, marido da governadora Roseana Sarney, protagonizou uma cena patética na semana passada, ao afirmar que o dinheiro encontrado na Lunus fora arrecadado por ele mesmo para bancar despesas da pré-candidatura presidencial de sua mulher, e que fizera tudo sozinho, sem o conhecimento prévio dela.

A postura de "bode expiatório" de Murad, no entanto, não impede que nova ameaça paire sobre o casal. Ainda não se sabe ao certo quantos dossiês existem contra eles, quem são seus autores e qual é o exato conteúdo dos documentos que circularam entre políticos do Rio de janeiro e do Nordeste.


Mesmo sem resultados, Lula assume candidatura
O virtual candidato afirmou que não espera facilidade do outro lado, mas que a situação terá um novo PT pela frente

Favorito para vencer a prévia presidencial do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, falou como candidato pela primeira vez ontem à noite. "O PT vive hoje seu melhor momento político, está mais forte, mais organizado e tem prefeituras importantes do Brasil, o que vai permitir que ganhe a eleição", disse em entrevista coletiva junto com o senador Suplicy e o deputado José Dirceu, presidente nacional do partido.


“FHC destruiu minha filha. Vou destruí-lo”
Palavra de José Sarney que compara a espionagem contra Roseana com o caso Watergate, que derrubou Richard Nixon

Surgem novos indícios de que o ninho tucano abriga arapongas que executam o trabalho sujo do grampo ilegal. Eles têm contratos milionários e sem licitação. Mas o preço pago a eles não se compara à cobrança que os tucanos sofrerão do ex-presidente e senador José Sarney, uma das mais poderosas raposas da Nova República. A crise política esquenta com pedidos de cassação e até de uma CPI. É a guerra total entre PSDB e PFL que pode inviabilizar o governo FHC, afirma a matéria desta semana da revista IstoÉ.


Diferença de preço entre os genéricos chega até 220%
O grupo Pró-Genéricos que reúne os laboratórios do setor, diz que as disparidades nos valores são decorrência da estratégia de marketing adotada por cada empresa

O preço dos medicamentos genéricos pode variar até 220%. Esse é o caso do antibiótico com princípio ativo de Ceftriaxona Sódica, genérico do Rocefin, da Roche. O genérico do laboratório Eurofarma custa R$ 15,75, enquanto o da EMS não sai por menos de R$ 38,11 - uma diferença de 220,25%.

Outro bom exemplo é o genérico do vermífugo Pantelmin 6CP. O Mebendazol 100mg com seis comprimidos pode custar 108,82% mais caro, se for do laboratório Fármaco (R$ 2,84). O da Neoquímica custa R$ 1,36. Uma pesquisa publicada no jornal O Globo comprova que a livre concorrência entre os fabricantes de genéricos é forte e que a pesquisa antes da compra pode valer bastante.


Editorial

ATÉ QUANDO A CPMF?

Os brasileiros têm assistido, nos últimos dias, à novela da votação para aprovar a prorrogação da CPMF até 2004, adiada várias vezes e prevista, novamente, para esta terça-feira. Para tranqüilidade do presidente Fernando Henrique Cardoso, até o PFL, que já tinha se comprometido a dizer sim à prorrogação, mas depois quase voltou atrás por causa da desavença com o governo, agora parece estar pronto para confirmar o seu aval à medida, que vai continuar mexendo no bolso dos brasileiros sempre que fizerem movimentações financeiras.

O presidente da Câmara Federal, deputado Aécio Neves, foi à televisão, em cadeia nacional, para defender a permanência do imposto. Tentou convencer quem o ouvia de que, se não houver aprovação à CPMF, estará se abrindo uma brecha para a lavagem de dinheiro no país.

Esse tributo, segundo um levantamento inédito, apresentado há pouco pela Receita Federal, rende muito mais aos cofres do governo do que as quantias que o Leão engole dos contribuintes no Imposto de Renda. No ano passado, a arrecadação da Receita com o IR de pessoas jurídicas alcançou R$ 17,8 bilhões. Com a CPMF, o governo arrebanhou R$ 18 bilhões. Em 2000, já tinha obtido R$ 16,8 bilhões.

O argumento do governo é de que o imposto é imprescindível para sanear despesas com Saúde e Previdência. Quando passou a cobrá-lo, garantia que seria por um curto espaço de tempo. Não foi o que aconteceu. Ao contrário, o que se vê é o esforço para levá-lo adiante pelo maior tempo possível.

Até agora, onde anda o resultado do que foi arrecadado? Na Saúde e na Previdência, certamen te não está. Tem razão o advogado e tributarista Sidney Stahi ao analisar a CPMF como uma taxação sobre coisa alguma. De acordo com o seu raciocínio, tributos devem incidir sobre o que manifesta riqueza - como um grande patrimônio. No caso da CPMF, ao ser taxado por sacar uma importância no banco (mesmo pequena), o cidadão está pagando um imposto não por um bem, mas por um meio de realização do fato econômico - que é o dinheiro. Ou seja: um tributo sobre o nada.


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03/18/2002


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