TEBET DEFENDE AUMENTO PARA QUEM GANHA O MÍNIMO, APOSENTADOS E FUNCIONALISMO



O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) disse nesta segunda-feira (dia 6) que o governo federal deve ter um papel mais ativo na tarefa de encontrar recursos que paguem o aumento do salário mínimo para R$ 180. Ele argumentou que o Executivo é quem tem a "chave do cofre" e pode manejar as despesas, mas tem deixado ao Congresso a responsabilidade de resolver a questão do mínimo por meio de mudança na proposta do Orçamento.

- Temos que ser parceiros nessa empreitada - disse Tebet, lembrando que também é da alçada do Executivo o combate à sonegação de impostos, outra medida capaz de gerar recursos para financiar a elevação do mínimo.

O senador criticou ainda o falso dilema representado pelos reflexos do aumento do salário mínimo nos benefícios da Previdência, que seria um impedidor da elevação do mínimo. Tebet reforçou sua defesa de uma correção também para as aposentadorias e outros benefícios previdenciários, lembrando que não é justo achatar a renda dos brasileiros que já estão em idade avançada. Os funcionários públicos são igualmente merecedores de reajuste salarial, na opinião do senador, uma vez que estão há seis anos com seus vencimentos congelados.

Em aparte, o senador Romero Jucá (PSDB-RR) disse concordar com a necessidade de aumento para os servidores públicos. Para o senador Mozarildo Cavalcante (PFL-RR), é o momento de combater as desigualdades. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu a taxação dos fundos de pensão como forma de carrear dinheiro para o mínimo.

06/11/2000

Agência Senado


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