Tecnologia pode recuperar danos ambientais no cerrado e conservar recursos, diz representante da Embrapa
O chefe da Embrapa Cerrados, José Roberto Peres, afirmou que só um “grande pacto” entre o poder público e as empresas privadas, com o auxilio de tecnologia adequada e intensiva, poderá minimizar os danos causados pela exploração desordenada do cerrado nas últimas quatro décadas. Peres participa da audiência pública que debate a ocupação e a proteção do bioma promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
Segundo o representante da Embrapa, 49% do cerrado estão sendo utilizados pelo homem, embora o avanço da ocupação esteja desacelerando nos últimos anos, justamente com o auxílio da tecnologia.
- Estamos frente ao desafio de diminuir o passivo ambiental e social deixado por um modelo de exploração que desmatou desnecessariamente, em razão da necessidade de produzir alimentos e do desconhecimento de técnicas adequadas – observou Peres.
Ele apontou como solução a adoção de um sistema de “produção vertical”, que permite produzir grãos, carne e energia em áreas já abertas e ao mesmo tempo preservar a vegetação e outros recursos nativos.
Para exemplificar, o representante da Embrapa disse que os 160 milhões de toneladas de grãos produzidos anualmente no cerrado exigiriam três vezes mais terras se o país não contasse com a tecnologia de plantio atual.
A reunião é coordenada pelo presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
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10/04/2012
Agência Senado
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