Theatro São Pedro não vai mais fechar. BM está presente







Theatro São Pedro não vai mais fechar. BM está presente
Eva Sopher diz que muitos flanelinhas impedem o acesso do público ao estacionamento do teatro, que fica na rua Riachuelo e cobram para cuidar dos carros.

A presidente da Fundação Theatro São Pedro, Eva Sopher, está preocupada com a segurança do público que freqüenta os espetáculos numa das mais tradicionais casas da cidade. O principal problema é a ação dos guardadores de carro, conhecidos como flanelinhas, que lotearam a área em frente à Praça da Matriz e os arredores do teatro. A gota d'água ocorreu no último domingo, quando um deficiente físico foi impedido de assistir a um espetáculo porque não conseguiu estacionar seu carro próximo à rampa de acesso ao prédio. A Brigada Militar prometeu melhorar o patrulhamento na região durante os espetáculos.

As pessoas (flanelinhas) usam o meu nome para extorquir o público que vem assistir aos espetáculos", queixa-se a presidente da Fundação. Ela conta que o número de freqüentadores da casa não chegou a diminuir, mas muitos reclamam da abordagem dos guardadores, que exigem dinheiro para cuidar dos carros. Mesmo aqueles que pagam, conta Dona Eva, têm seus automóveis depredados. Apesar de o teatro ter um estacionamento que fica na rua Riachuel, muitos flanelinhas impedem o acesso ao local, dizendo que as vagas estão lotadas. “O período mais crítico é entre as 20h e 21h, horário de início dos espetáculos.”

Patrulhamento- Ontem à tarde o comandante da 1ª Companhia do Centro, major Reinaldo Leal Ribeiro, e representantes da EPTC (Empresa Pública de Transporte de Circulação) tiveram uma reunião com Dona Eva. Ficou decidido que a partir de ontem o policiamento no local seria intensificado. À noite, seis policias militares fizeram o patrulhamento da área, que compreende o Tribunal de Justiça, a Assembléia Legislativa e a Praça da Matriz. A EPTC fará a orientação do trânsito, além de reforçar a sinalização do local.

O major afirmou que a conduta dos flanelinhas no local não “condiz” com o público que freqüenta o Theatro São Pedro. Por isso, a BM fará um trabalho diário, principalmente à noite, de patrulhamento ostensivo. Ontem mesmo os policiais militares abordaram os flanelinhas para fazer uma identificação de possíveis foragidos da Justiça que possam estar trabalhando irregularmente.


Tarso Genro diz que sua candidatura une o PT
O prefeito de Porto Alegre anunciou que oficializaria sua candidatura ontem. Adiou a inscrição na prévia para o dia 15

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, disse ontem, no Hotel Umbú, em Porto Alegre, que a sua candidatura "é a que tem mais condições de unificar o partido nas atuais circunstâncias. Temos excepcional possibilidade de manter o projeto, pois é uma candidatura forte, do ponto de vista eleitoral".

No próximo dia 15, Tarso irá inscrever o seu nome na prévia do Partido dos Trabalhadores para a escolha do candidato que disputará as eleições ao governo do Estado. "A prévia pode ser mais ou menos recomendável. Acho que não é recomendável, mas, enfim, aconteceu", afirmou Tarso. O prefeito salientou que o anúncio de ontem foi motivado pela informação que surgiu, na festa de aniversário do partido, de que ele teria retirado o seu nome para a disputa da prévia.


Pedro Simon desafia Temer a fazer plebiscito
Líder do PMDB, Geddel Vieira: “Nós levamos mais a sério o que o rei Momo diz do que aquilo que o Pedro Simon fala”.

A discussão sobre as prévias no PMDB para escolha do candidato à sucessão de Fernando Henrique transformou-se em guerra verbal entre o grupo governista que quer apoiar o ministro tucano José Serra - e os defensores de candidatura própria.

A inusitada declaração do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, no domingo, reconhecendo que nenhum dos pré-candidatos do seu partido (o governador de Minas Gerais, Itarnar Franco, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann e o senador Pedro Simon), não têm a menor chance de disputar uma eleição presidencial, provocou um áspero debate entre os governistas e os independentes.

O senador Pedro Simon disse ontem que "nenhum casuísmo da cúpula nacional do partido vai impedi-lo de disputar as prévias" e aproveitou para encaminhar uma carta ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SPI), desafiando o dirigente peemedebista a realizar um plebiscito sobre as prévias, com todos os filiados.

Simon lembra “que no dia 9 de setembro do ano passado, milhares de filiados do PMDB decidiram que o PMDB teria candidatura própria às eleições presidenciais de 2002”. O senador avisa que “se houver boicote às prévias, inscreve seu nome na convenção nacional do partido em junho”. Ele avalia que, se não houver prévias, Itamar Franco “abrirá apoio para minha candidatura”.


FSM: capital lidera luta por um mundo melhor
Líderes mundiais afirmam que Porto Alegre está na memória do mundo. Saramago diz que esquerda segue linhas caducas

As divisórias das salas de conferência no prédio 40 da PUC, em Porto Alegre, foram retiradas e deram lugar aos milhares de participantes do 2º FSM (Fórum Social Mundial) que disputavam ombro a ombro a melhor visão da festa de encerramento, ontem pela manhã. Embalados por ritmos como o hip hop e a ciranda, e inspirados pela poesia de José Tierra e José Saramago, eles reafirmaram o compromisso de fazer um mundo melhor.

Cada um, ao chegar, recebeu um lenço branco que, junto com as inúmeras bandeiras de organizações e países, coloriu a confraternização das 210 etnias presentes no FSM. Às 10h, autoridades corno o governador Olívio Dutra, o prefeito da capital, Tarso Genro, delegados internacionais e membros da organização subiram ao palco, dando início à solenidade sob o som do jingle “Aqui um outro mundo é possível se a gente quiser".


Fórum quer reforma no FMI e Nações Unidas
80 mil participantes do encontro ainda exigem cancelamento da dívida externa, condenam a criação da Alca e o terrorismo

Se as diferenças são a marca do Fórum Social Mundial, a segunda edição do evento terminou em consenso. Organizadores e a maioria dos participantes vêem no encontro a consagração da troca de idéias, experiências e de articulações para a sociedade civil. “Antes éramos antiDavos, agora, anti são eles, preocupados com o nosso tamanho”, disse Cândido Grzybowsky, da organização.

“Uma das novidades foi o aumento da presença de sindicatos, já que 60% dos delegados são de ONGs”, observou Carlos Tibúrcio, representante da Attac (Ação pela Tributação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos) no comitê organizador.
Para ele, a cobertura de 1.050 veículos de comunicação, com mais de 3 mil jornalistas de 48 países, confirma a relevância do fórum.


Bornhausen deixa o Senado.
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, vai se licenciar do Senado para se dedicar ao comando da candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, à Presidência. O afastamento acontecerá logo no reinício dos trabalhos legislativos.

Ontem, em encontro com o presidente FHC, Bornhausen apresentou o resultado de uma pesquisa do Instituto GPP no qual a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, subiu cinco pontos percentuais em São Paulo.

No encontro, o senador voltou a defender a manutenção de uma aliança entre os cinco partidos - PSDB, PFL, PMDB, PPB e PTB - que apóiam o governo, mas disse que o candidato deve ser o que estiver melhor nas pesquisas de intenções de voto.

Acho possível, sim, uma aliança dos partidos da base. Se estivesse numa posição de inferioridade nas pesquisas, hoje, também estaria dizendo que não abriria mão da candidatura", afirmou. A cúpula do PFL está confiante num crescimento de Roseana após o programa que foi ao ar na semana passada. Bornhausen disse não acreditar em alianças isoladas.


Editorial

JUSTIÇA LENTA

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Paulo Costa Leite, está concluindo
uma proposta de revisão dos códigos de processos civil e penal. Pelas regras atuais, uma única ação pode gerar mais de 50 recursos - 16 deles somente no STJ e no STF (Supremo Tribunal Federal). Em média, os processos que tramitam na Justiça Federal demoram cinco anos para chegar às instâncias superiores.

O STJ tem nada menos do que 70 mil processos para julgar. No Supremo, são 147 mil. “A reforma do Judiciário que está no Senado não vai tirar processo da prateleira. Só mudando os códigos”, diz Costa Leite.

O STJ encaminhou ao Legislativo 62 propostas para a Reforma do Judiciário, entre elas a de extensão da súmula vinculante ao tribunal e a de extinção dos precatórios judiciais e sua substituição pelos títulos sentenciais negociáveis. Os ministros do STJ esperam sensibilizar os parlamentares sobre a necessidade de adoção desses mecanismos de contenção de recursos processuais, que restringem o exame do recurso a questões de maior relevância. “Caso a emenda constitucional para a reforma do poder Judiciário não seja aprovada pelo plenário do Senado Federal nos próximos três meses, dificilmente as mudanças estruturais defendidas pela Justiça brasileira serão implementadas neste ano”, diz Costa Leite.

Embora o Judiciário não seja responsável pela implantação de uma política de segurança pública, a revisão dos códigos de processo civil e penal está estreitamente ligada a esta questão. Como disse a juíza aposentada Denise Frossard, “a segurança pública não é só uma questão de polícia. Deve envolver também o Judiciário e o Ministério Público. É uma questão, portanto, de Justiça.


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02/06/2002


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