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Estas podem ser, porém, as últimas audiências da comissão, se a presidente da CPI Mista, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), realmente não marcar mais reuniões plenárias conforme anunciou na última quinta-feira (3), quando os parlamentares o colegiado rejeitaram 29 requerimentos de convocações. A senadora disse que não faria mais reuniões devido à falta de requerimentos aprovados. Afirmou, então, que apenas marcaria a data de votação do relatório final.

Nesta terça-feira (8), está prevista a presença do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armado Félix, para discutir a possibilidade de abertura de sigilo dos gastos da Presidência da República com cartões corporativos. Para a mesma reunião foi convidado a prestar informações o ministro do Esporte, Orlando Silva, que, de acordo com denúncias, teria usado irregularmente o cartão corporativo.

Para a reunião da quarta-feira (9), está prevista a presença da ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro. Ela também, de acordo com denúncias, teria usado irregularmente o cartão de crédito corporativo. Os parlamentares também ouvirão na mesma reunião o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Paulo Lacerda, que deverá tratar da necessidade ou não de sigilo dos gastos da Presidência da República.

Na quinta-feira (10) a CPI Mista deverá ouvir o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, que também teria usado irregularmente cartões corporativos, bem como o ex-ministro do Gabinete da Segurança Institucional da Presidência da República, Alberto Mendes Cardoso, que falará sobre o sigilo dos gastos presidenciais. O início das reuniões está marcado sempre para as 9h30.

CPI do Senado

Com objetivo de levar adiante as investigações sobre o uso indevido de cartões corporativos, a oposição pretende que seja lido nesta terça-feira (8) requerimento determinando a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) apenas no Senado, para investigar o uso irregular de cartões corporativos.

A oposição vem pressionando o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, para que seja lido nesta terça-feira o requerimento de criação dessa CPI, que aguarda leitura na Mesa do Senado desde 19 de fevereiro.

Antes da leitura, porém, os líderes partidários deverão participar de uma reunião na residência oficial da Presidência, destinada a definir uma pauta de trabalho para a Casa. Os líderes oposicionistas só aceitaram adiar a leitura do requerimento de criação da CPI para terça-feira com o compromisso de Garibaldi de que o assunto não estará não pauta de discussões da reunião de líderes.

A criação da CPI no Senado destinada a investigar o uso de cartões corporativos já contava com número suficiente de assinaturas quando os parlamentares decidiram, por acordo, instalar a comissão parlamentar mista de inquérito, desde que a presidência do colegiado ficasse com um parlamentar oposicionista, o que de fato ocorreu quando Marisa Serrano foi eleita para o cargo.

Mas, diante das derrotas nas votações de requerimentos - a oposição tentou, mas não conseguiu provar requerimentos de convocação de autoridades, comoo que pedia a presença da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para prestar esclarecimentos sobre o uso de cartões, e outros pedidos de informações sobre gastos sigilosos - os parlamentares oposicionistas decidiram retomar a idéia de instalação de uma CPI do Senado. 

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