TUMA ENCORAJA NOVO DISPARO DE FOGUETE LANÇADOR DE SATÉLITES



senador Romeu Tuma (PFL-SP) encorajou hoje (dia 4) que os técnicos encarregados do projeto de construção do primeiro Veículo Lançador de Satélite brasileiro a redobrarem o ânimo e os esforços para que o próximo lançamento do foguete "se torne uma realidade". No seu entender, os problemas ocorridos com um dos motores, que abortou a missão no último dia 1º, não diminuem a importância do evento para a história da inteligência do país.

- Colocar um satélite em órbita não é uma tarefa banal, o que explica o fato de apenas oito países integrarem o seleto clube de países possuidores de tal tecnologia. As características desse foguete, conhecido pelo nome de VLS, não são nada desprezíveis para um país emergente como o nosso, que lutou contra dificuldades de todos os tipos para poder ter acesso à tecnologia aeroespacial - ponderou.

De acordo com Romeu Tuma, uma das pressões que o Brasil sofreu durante a construção do foguete partiu das sete nações mais ricas do mundo (G-7) que alegaram que essa tecnologia poderia ser usada na fabricação de mísseis balísticos. No entanto, enfatizou o senador, o governo brasileiro demonstrou que seus objetivos eram apenas econômicos, transferindo o projeto da área militar para a Agência Espacial Brasileira, órgão civil ligado à Presidência da República. Além disso, o Brasil se comprometeu a não exportar tecnologia sensível sem conhecimento do G-7 e assinou o acordo da Não-Proliferação Nuclear.

Romeu Tuma lembrou que a entrada brasileira no mercado de satélites "incomoda muita gente". Conforme argumentou, trata-se de um comércio milionário, orçado hoje em US$ 1,5 bilhão, que não pára de crescer. Na sua opinião, o Brasil precisa aproveitar a localização da base de lançamento do VLS, que, a apenas dois graus do Equador, em Alcântara, garante uma aceleração extra aos foguetes dali lançados.

Em aparte, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu a necessidade de mobilização de recursos para assegurar o desenvolvimento científico do país. "Falta uma posição mais determinada por parte do governo", afirmou.



04/11/1997

Agência Senado


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