TV SENADO VAI OPERAR COM SINAL ABERTO PARA TODO O PAÍS E TERÁ PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA
Dentro de 90 dias a TV Senado poderá ser vista por sinal aberto, em freqüência UHF e VHF, o que permitirá a viabilização do Projeto Universidade do Legislativo, que utilizará o sinal para a transmissão de um programa de ensino a distância. A informação foi dada nesta quarta-feira (dia 18) pelo diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado, jornalista Fernando Cesar Mesquita, durante reunião da Subcomissão de Rádio e Televisão, da Comissão de Educação. O presidente da subcomissão, senador Pedro Simon (PMDB-RS), disse que o projeto "vai revolucionar a televisão brasileira".- Estamos vivendo um momento histórico e esse projeto será uma revolução. A possibilidade de uma câmara municipal colocar uma repetidora, com uma hora de programação feita para seu município, vai mudar a televisão brasileira - afirmou.A subcomissão reuniu-se para debater o Projeto Universidade do Legislativo, num encontro que contou com a presença de senadores, do diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, de consultores, técnicos e assessores, além de Fernando César.O diretor da Secretaria de Comunicação Social disse que a TV Senado passará a ser uma estação geradora a partir de Brasília, utilizando um canal UHF, de nº 51, o que permitirá a transmissão de seus programas para todos os municípios brasileiros. - Recebemos solicitações de todo o Brasil para que a TV Senado opere com sinal aberto. Com esse projeto, estaremos levando a imagem da tevê para todo o país - disse Mesquita.Por sugestão de Agaciel Maia, participará desse projeto o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), e, acatando recomendação do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, foi instituído o Projeto Universidade do Legislativo, que ministrará cursos a distância, dentro da idéia de educação para a cidadania. Fernando Cesar Mesquita e Agaciel Maia informaram que a TV Senado reservará três horas diárias, de 6h às 9h, para veicular cursos e projetos de interesse dos municípios. Serão ministradas aulas de Direito Constitucional, e Administrativo, Processo Legislativo, Políticas Públicas, Processo Orçamentário, Direito Tributário e Financeiro, Direito Público Internacional e Meio Ambiente, entre outros. Haverá ainda convênio com universidades federais para realização de outros cursos.- O sinal aberto vai permitir que a TV Senado seja vista em todo o Brasil, e os cursos propiciarão o desenvolvimento de recursos humanos para os municípios - disse Agaciel Maia. Fernando Cesar Mesquita afirmou que não haverá custos adicionais para o Senado, e que os gastos para os municípios que quiserem retransmitir a TV Senado deverão ficar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. O engenheiro Aldo Renato Bernardes, da Subsecretaria Técnica de Eletrônica (Sustel), informou que serão necessários, para a retransmissão da TV Senado, uma solicitação do município junto ao Ministério das Comunicações para viabilizar o canal VHF (que vai do dois ao 13) ou UHF (do 14 ao 59), e equipamentos de antena parabólica receptora de satélite, cabos para interligação e retransmissor de televisão.O senador Pedro Simon sugeriu que a subcomissão reivindique uma linha de crédito ao BNDES para financiamento do projeto às câmaras municipais. O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) quis saber sobre a fiscalização da programação local e o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) elogiou o projeto, afirmando que a TV Senado tem mudado a "visão distorcida" que a população tinha do Congresso Nacional. O senador Artur da Távola (sem partido-RJ), vice-presidente da subcomissão, defendeu também a expansão de programas educativos nas rádios brasileiras e sugeriu que os diretores de rádios, incluindo a Rádio Senado, organizem-se para que as emissoras tenham um pacote de programação cultural destinado a preencher as lacunas da programação diária. Também participaram da reunião as senadoras Luiza Toledo (PSDB-ES) e Emília Fernandes (PDT-RS).
18/08/1999
Agência Senado
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