Unesp: Araraquara recebe espectrômetro de alta resolução
Aparelho possibilita análises químicas mais precisas
O Laboratório de Espectroanalítica e Automação (GEA), do Instituto de Química (IQ), campus de Araraquara, recebeu, em maio passado, um equipamento que possibilita determinar elementos químicos, como metais pesados, presente em diferentes tipos de amostras, como sangue, plantas, alimentos, mesmo que em baixas concentrações.
A aquisição do aparelho, um espectrômetro de absorção atômica de alta resolução e com fonte contínua, resulta de um projeto encaminhado à Fapesp pelo docente José Anchieta Gomes Neto, do departamento de Química Analítica.
São parceiros no projeto o professor Joaquim Araújo Nóbrega, do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e a docente Ana Rita Araújo Nogueira, da Embrapa Agropecuária Sudeste, em São Carlos. O espectrômetro custou aproximadamente US$ 50 mil dólares e está pronto para ser utilizado em análises químicas diversas.
Produzido pela empresa alemã Analytikjena, o aparelho é o mais moderno do gênero disponível no mercado. De acordo com Gomes Neto, o espectrômetro tem potencial para determinar a maioria dos elementos da tabela periódica. O que o difere dos demais aparelhos de análises químicas é uma lâmpada de arco curto de xenônio, de fonte contínua.
Esta lâmpada, potente, fornece um espectro contínuo de alta intensidade no qual encontram-se todos os comprimentos de onda necessários para fazer determinações de múltiplos elementos. A lâmpada opera tanto na região do ultravioleta como no espectro eletromagnético. "Vamos iniciar um estudo praticamente inexplorado, e o IQ será beneficiado com isso”, explica o professor Gomes Neto.”
Segundo os especialistas, na técnica de absorção atômica convencional, para cada elemento a ser determinado utiliza-se uma lâmpada específica. Com isso, acumula-se no laboratório grande quantidade de lâmpada.
Treinamento
Para transmitir aos usuários do espectrômetro as possibilidades e os recursos oferecidos pela nova aquisição, o pesquisador Bernhard Welz, referência mundial na técnica de absorção atômica, ministrou um curso de 12 horas no IQ.
Participaram do treinamento, além de pesquisadores e alunos de pós-graduação da Unidade, uma equipe de 15 pessoas, entre professores e universitários da UFSCar. "O seminário do professor Welz trouxe informações da fronteira do conhecimento no que se refere à absorção atômica", disse Gomes Neto. “Como nosso trabalho está fundamentado no Ensino, Pesquisa e Extensão, neste último caso, poderemos oferecer serviços de análises químicas com muito mais exatidão e rapidez”, explica.
Welz está no Brasil como professor convidado da Universidade Federal de Santa Catarina, onde leciona no departamento de Química. É autor de dezenas de livros e de artigos sobre técn
07/04/2006
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