Unesp: Encontro discute respiração bucal
Obstrução na passagem de ar é suficiente para que indivíduo inicie a respiração bucal
O hábito de respirar pela boca é causa de inúmeros problemas para o organismo, como postura corporal inadequada e incorreção da arcada dentária. As causas e conseqüências deste tipo de respiração serão abordadas no V Encontro Multidisciplinar de Respirador Bucal (EMARR), nos dias 18 e 19 de agosto, na Faculdade de Odontologia (FO), em São José dos Campos.
O evento é uma realização do Centro de Biociências aplicado a Portadores de Necessidades Especiais (Cebape), ligado ao departamento de Biociência e Diagnóstico Bucal. Durante o encontro serão abordados temas que envolvem aspectos fisiológicos e clínicos da função respiratória.
O tema da palestra de abertura será Respirador Bucal – uma visão multidisciplinar, proferida pela docente Mônica Fernandes Gomes, coordenadora geral do Cebape. O Centro tem a finalidade de produzir estudos para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos que se valem da respiração bucal.
Função respiratória – A respiração nasal, natural do humano, é uma função fisiológica que garante o bem-estar ao organismo. Suas propriedades, olfação e umidecimento, permitem a sensação do cheiro e o equilíbrio da temperatura do ar para que ele chegue na medida ideal aos pulmões.
Qualquer obstrução na passagem de ar é suficiente para que o indivíduo inicie a respiração bucal. Quando isso ocorre com freqüência, a pessoa começa a apresentar características faciais e corporais típicas, como desenvolvimento assimétrico dos músculos, ossos do nariz, lábios e bochechas. Por falta de uso, o nariz torna-se estreito e curto, assim como o lábio inferior. As bochechas aparentam pálidas e baixas e a mandíbula pouco desenvolvida, posiciona-se para trás.
A alteração da musculatura da face pode influenciar na posição e forma dos arcos dentários, com dentes projetados para frente, palato ogival, caracterizado pelo céu da boca alto e profundo, dificuldades para mastigar e engolir alimentos duros e estreitamento da arcada superior.
Indivíduos que respiram pela boca tendem a inclinar o pescoço para frente e urvar os ombros, postura que comprime o tórax e afunda o peito. Os músculos abdominais ficam flácidos e braços e pernas assumem um padrão incorreto para dar conta de sustentar a musculatura alterada. Toda essa alteração muscular modifica o ritmo da respiração, tornando-a rápida, curta e, por essa razão, geram cansaço físico.
Serviço
V Encontro Multidisciplinar de Respirador Bucal (EMARR);
Dias 18 e 19 de agosto;
Faculdade de Odontologia;
Av. eng. Francisco José Longo, 777;
São José dos Campos;
08/16/2006
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