Unesp: Veterinário da Unidade Botucatu usa fluidoterapia em animais
Técnica faz com que os animais enfermos recebam soro por 24 horas ininterruptas
O Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu passou a utilizar este ano o método de fluidoterapia para aplicação de soro em grandes animais, como cavalos, por exemplo. A técnica, pouco usada no Brasil, foi introduzida por dois professores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia daquela universidade, Rogério Martins Amorim e Francisco Teixeira Neto.
A fluidoterapia consiste no uso de galões com capacidade para 20 litros de soro, ligados em espiral, e a cateteres mais resistentes. O professor Amorim explica que a utilização de frasco volumoso faz com que os animais enfermos recebam o soro por 24 horas ininterruptas. Um cavalo de 400 quilos necessita de 40 a 60 litros diários.
Como os frascos tradicionais são pequenos, com capacidade para meio a um litro, havia a necessidade de recarga constante, dificultando o tratamento. “A reposição do líquido e minerais de forma intensiva proporciona aumento na sobrevida do animal”, assegura Amorim. Ele informa que o uso de cateteres com durabilidade de até 30 dias, feitos de poliuretano ou silicone, reduziu as inflamações causadas pelo cateter de 72 horas, que exigia trocas freqüentes e provocava a interrupção do tratamento e a piora do estado de saúde do eqüino.
Os tubos espiralados, que conectam o galão de soro ao animal, permitem maior locomoção. Desta forma, o cavalo fica solto na baia, supervisionado por um profissional a cada hora. Embora a fluidoterapia tenha custos mais elevados, os professores de Botucatu calculam que os valores se diluam com o uso prolongado do material e pela maior segura
05/22/2006
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