Unicamp: Evento na Faculdade de Engenharia Mecânica alerta para segurança de crianças em carros
Em 90% das ocorrências com crianças, o acidente poderia ser evitado
Grande parte das mortes de crianças entre 1 e 14 anos nos Estados Unidos tem como causa os acidentes. Em 90% das ocorrências com crianças, o acidente poderia ser evitado, de acordo com análise da Organização Não-Governamental Safe Kids (Criança Segura). A organização, que atua no Brasil há cinco anos, está entre os principais parceiros na organização do evento “Criança e Segurança 2006 – Transporte de Crianças – Questões e Soluções”, que aconteceu sexta-feira, na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM). De acordo com o professor Celso Arruda, professor da FEM e coordenador do evento, participaram das discussões especialistas da universidade e de órgãos governamentais, como Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Instituto de Metrologia (InMetro) para definir a regulamentação e a fiscalização do uso de dispositivos de retenção infantil.
Na abertura das discussões, Alfredo Peres da Silva, do Contran, disse que a preocupação, ao discutir a regulamentação de normas mais seguras, é com a transição. “É preciso pensar no que vai mudar. O que fazer na hora da fiscalização? A partir de que momento o cidadão terá de trocar a cadeirinha? Quais são os direitos do consumidor que acabou de adquirir uma cadeira no supermercado? E os taxistas? Serão ressalvados como na lei européia?”
Durante todo o dia, a ONG “Criança Segura” realizou cursos sobre segurança infantil e várias demonstrações sobre a maneira ideal para conduzir pequenos passageiros. A coordenadora nacional da organização, Luciana O’Reilly, disse que existe uma discussão sobre a viabilidade econômica das cadeiras. “Muitas pessoas gastam mais de R$ 500,00 em Aparelhos de CD para o carro, mas não querem investir R$ 200,00 em uma cadeira para segurança da criança”. Ela explicou que as cadeiras infantis começaram a ser usadas nos Estados Unidos em 1975, por conveniência, para que as mães pudessem conduzir seus bebês. "Mas, com o tempo, as pessoas se conscientizaram que o assento é um dispositivo de proteção".
Regra básica – Cecília Lotufo, coordenadora de projetos institucionais do Criança Segura, lembra que existe uma técnica especial e muito importante para a fixação das cadeiras. Crianças até 9 quilos devem ser conduzidas em bebê conforto, voltada para o vidro traseiro (de costas para o movimento). Somente acima deste peso, a criança será transferida a cadeira de segurança, com as tiras acima dos ombros ou ajustadas ao corpo da criança, com um dedo de folga.
Para as crianças de 4 a 10 anos, foram desenvolvidos assentos de elevação, para que o cinto de segurança de três pontos passe pelas partes fortes do corpo, e não pelo pescoço, a fim de evitar acidente com o próprio cinto.
Essas, entre outras regras estão no site da “Criança Segura”, que oferece, todas as sextas-feiras, cursos de utilização de cadeiras infantis. O evento foi organizado pela Motriz, empresa junior
05/08/2006
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