Vanessa ressalta competição de empresas com catadores de recicláveis



A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou, em Plenário, nesta sexta-feira (25), que empresas estão entrando na disputa com catadores de materiais recicláveis. Como a atividade começou a se tornar lucrativa, observou, os catadores estão perdendo espaço.

O Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis, informou a senadora, fez uma manifestação pelo reconhecimento de sua atividade durante a quarta edição da Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). Vanessa Grazziotin participou da CNMA, que discute em Brasília desde quinta-feira (24) até domingo (27) a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).

– O alerta que lá foi feito, na conferência, é para que esse espírito de agregação, de ações conjuntas e conectadas entre o Poder Público de todos os níveis, os poluidores, os produtores, os consumidores, enfim, entre todos, ou seja, essa interação, leve em consideração esta necessidade que eles têm de continuarem desenvolvendo a atividade – ressaltou a senadora.

Vanessa Grazziotin lembrou que o prazo estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para que os municípios eliminem os lixões termina em 2014. A senadora disse estar preocupada se todas as prefeituras já conseguiram elaborar seus planos e se têm recursos para implantar aterros sanitários. Na avaliação da senadora, as medidas ambientais devem estar integradas com aspectos políticos, econômicos e sociais para não gerar dificuldade para as pessoas que sobrevivem da atividade catadora de recicláveis.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) destacou que o processo produtivo, associado ao desperdício, aumentou a produção de lixo, do qual sobrevivem essas pessoas. Para ele, trata-se de uma “deformação” do sistema produtivo, que, em algum momento, vai se romper. O senador defende um sistema em que haja reutilização, reciclagem e eliminação do desperdício.

- Os excluídos do consumo passam a sobreviver do lixo dos que consumiram; é uma falha. O emprego não é digno. Os catadores, eles mesmos, não querem isso para seus filhos. Então, deve haver alternativas de emprego ou de transferência de renda para eles e uma boa escola para os filhos deles – sugeriu Cristovam.



25/10/2013

Agência Senado


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