Vendas no varejo crescem 1,4% e receita nominal sobe 1,6% em julho
O comércio varejista do País registrou, em julho, crescimento de 1,4% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,6%. Com isso, o setor completa três meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e 16 meses seguidos em receita nominal. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados nesta terça-feira (12).
Os outros índices, com ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 7,1% sobre julho de 2010, 7,3% nos sete primeiros meses de 2011 e 8,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 12,5%, 12,3% e 13,2%, respectivamente.
Na série com ajuste sazonal, oito das dez atividades obtiveram variações positivas em volume de vendas: Móveis e eletrodomésticos (4,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%); Veículos e motos, partes e peças (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,8%); Material de construção (0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%). As variações negativas ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).
Já na comparação com julho de 2010, todas as atividades cresceram: Móveis e eletrodomésticos (21,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (15,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,3%); Veículos e motos, partes e peças (8,8%); Material de construção (7,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,0%); Tecidos, vestuário e calçados (1,4%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%).
Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 21,4% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foram responsáveis pela maior participação na taxa global do varejo (49%) e pela segunda maior influência na formação da taxa do varejo ampliado (27%). Em termos acumulados, as variações atingiram 18,3% no ano e 17,8% em 12 meses. Tal desempenho decorre do crescimento do emprego e do rendimento, da manutenção do crédito, bem como da queda dos preços dos produtos eletroeletrônicos (-7,0% nos últimos 12 meses até julho, segundo o IPCA).
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 4,5% no volume de vendas sobre julho do ano anterior, respondeu por 31% da taxa do varejo (segunda maior influência) e por 17% do resultado do varejo ampliado (terceiro maior impacto). Mesmo tendo elevado o seu ritmo de crescimento nos últimos meses, a atividade se mantém com desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima da média no período de 12 meses: 8,3% no grupo alimentação no domicílio, contra 6,9% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação se estabeleceram em 4,0% para o acumulado dos primeiros sete meses do ano e em 5,3% no dos últimos 12 meses.
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, continua com resultados positivos, com variações sobre o mês anterior de 0,6% para o volume de vendas e de 1,0% para receita nominal de vendas, ambas as taxas com o ajuste sazonal. Nas demais comparações, o volume de vendas obteve acréscimos de 7,7% em relação julho de 2010, 9,0% no acumulado do ano e 10,5% no acumulado de 12 meses. Nestes mesmos indicadores, a receita nominal de vendas cresceu, respectivamente, 10,5%, 11,8% e 13,4%.
Veículos, motos, partes e peças registrou variação de 8,8% em relação a julho de 2010, 11,5% para o período de janeiro a julho e 13,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Quanto a Material de Construção, as variações foram de 7,5% na comparação com julho do ano passado, 11,7% para os sete primeiros meses de 2011 e 13,3% no acumulado dos últimos 12 meses.
Unidades da Federação
Das 27 unidades da Federação, apenas o Amapá obteve resultado negativo, em julho, com queda de -2,7% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os destaques em termos de taxa de crescimento foram Tocantins (25,0%), Rondônia (18,0%), Bahia (10,7%), Paraíba (10,2%) e Pernambuco (10,1%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (6,9%), Rio de Janeiro (6,9%), Minas Gerais (7,9%), Bahia (10,7%) e Paraná (8,0%).
Em relação ao varejo ampliado, que teve também o Amapá como único resultado negativo, com -9,7% sobre julho de 2010, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Tocantins (30,7%), Espírito Santo (29,2%), Rondônia (13,9%), Santa Catarina (10,3%) e Minas Gerais (10,2%). Quanto ao impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (7,0%), Rio de Janeiro (8,3%), Minas Gerais (10,2%), Espírito Santo (29,2%) e Paraná (10,1%).
Ainda por unidades da Federação, os resultados sobre o mês anterior com ajuste sazonal, para o volume de vendas, foram positivos em 23 dos 27 estados, sendo destaques as taxas do Acre (5,2%), Roraima (4,0%), Rondônia (3,6%), Tocantins (3,4%) e Maranhão (3,3%). Os estados com queda no volume de vendas na mesma comparação foram Amapá (-7,7%), Alagoas (-1,1%), Amazonas (-0,8%) e Rio Grande do Sul (-0,3%).
A pesquisa completa pode ser acessada no site do IBGE.
Fonte:
IBGE
13/09/2011 11:53
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