Vendas no varejo recuam 0,2% em abril, revela IBGE



Em abril de 2011, o comércio varejista registrou variação de -0,2% no volume de vendas e de 0,4% para a receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume, é o primeiro resultado negativo depois de 11 meses de crescimento, enquanto a receita, mesmo reduzindo o ritmo, segue em expansão. 

Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 10,0% sobre abril do ano anterior, 7,6% no acumulado do quadrimestre e 9,5% no acumulado dos últimos 12 meses. 

Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de 15,4%, 12,6% e de 13,7%, respectivamente.


Cinco atividades têm queda

Em abril, metade das dez atividades pesquisadas obteve resultados negativos para o volume de vendas. Os resultados foram: veículos e motos, partes e peças (1,7%); móveis e eletrodomésticos (1,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico(1,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(1,2%);material de construção (0,2%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%);combustíveis e lubrificantes (-1,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-3,2%); eequipamentos e material para escritório, informática e comunicação(-13,6%).

Já na comparação com abril de 2010, somente equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou taxa negativa (-2,4%) no volume de vendas.


Hipermercados têm o melhor resultado

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 10,4% no volume de vendas em abril sobre igual mês do ano anterior, foi responsável pelo principal impacto na formação da taxa de varejo (51%). 

A taxa para os quatro primeiros meses do ano foi de 4,7% e, para os últimos 12 meses, de 7,0%. Com esse resultado, o setor volta a ter a principal contribuição, refletido por um aumento de demanda, provocado por um ritmo menor de crescimento dos preços dos alimentos, e pelo Efeito Páscoa, cujos gastos se concentraram em abril.

Móveis e eletrodomésticos, com variação de 19,3% no volume de vendas em relação a abril do ano passado, registrou o segundo maior impacto (30%).

]Este segmento, que apresentou a maior variação entre todos os pesquisados, teve seu resultado explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, bem como pela queda dos preços dos eletrodomésticos (-6,0%, nos últimos 12 meses, para aparelhos eletrônicos no IPCA do IBGE), contrapondo os efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo governo. No acumulado do quadrimestre, a taxa foi de 17,4% e nos últimos 12 meses, de 17,1%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com variação de 12,4% no volume de vendas em relação a abril de 2010, foi a categoria que exerceu a terceira maior influência na formação da taxa do varejo. 


Varejo ampliado cresceu 1,1%

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), crescimento tanto para o volume de vendas (1,1%) quanto para a receita nominal (0,4%). 

Comparado com o mesmo mês do ano anterior, as variações foram de 11,8% para o volume de vendas e de 14,8% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou variação de 8,2% e 10,2% para o volume e 11,4% e 13,3% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

Quanto ao volume de vendas, veículos, motos, partes e peças registrou alta de 1,7% em relação a março, o que aponta uma desaceleração no segmento. 

Em relação a material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 0,2% sobre o mês anterior, de 9,5% em relação a abril de 2010 e de 12,5% e 14,5% nos acumulados do quadrimestre e dos últimos 12 meses, respectivamente. Das atividades pesquisadas, esta teve a segunda maior variação acumulada do ano, mantendo o crescimento em função do crédito à casa própria, da maturação dos investimentos do programa “Minha Casa Minha Vida”, da manutenção do emprego e do nível de renda, além das medidas de renúncia fiscal, por conta da crise financeira de 2008, foram prorrogadas pelo governo.


Frente a abril de 2010, resultado negativo apenas no Amapá

Somente Amapá apresentou resultado negativo (-1,2%) na comparação com abril de 2010 no que tange ao volume de vendas. Para os outros estados, os destaques foram: Tocantins (27,1%); Paraíba (25,6%); Maranhão (18,0%); Minas Gerais (14,0%) e Rio de Janeiro (13,2%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram São Paulo (8,4%); Rio de Janeiro (13,2%); Minas Gerais (14,0%); Rio Grande do Sul (10,5%) e Paraná (9,3%).

Em relação ao varejo ampliado, também o Amapá foi o a única unidade da federação com resultado negativo, para o volume de vendas, na comparação com abril de 2010. Os destaques foram: Espírito Santo (38,2%); Tocantins (26,3%); Acre (24,1%); Maranhão (17,3%) e Paraíba (16,5%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (10,3%); Rio de Janeiro (14,1%); Espírito Santo (38,2%); Minas Gerais (11,9%) e Paraná (14,1%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam para 17 estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior. As maiores variações foram em Acre (3,3%); Tocantins (1,5%); Mato Grosso (1,6%); Pará (1,4%) e Pernambuco (1,4%).


Fonte:
IBGE



10/06/2011 14:59


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