Vice-presidente recebe depoimentos de assessores parlamentares



A Polícia Federal entregou nesta sexta-feira (28) ao vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), cópias de depoimentos de assessores parlamentares do Congresso Nacional envolvidos com o uso indevido de recursos do Orçamento da União. Esses assessores tiveram sua participação no esquema fraudulento para a compra de ambulâncias superfaturadas flagrada em conversas telefônicas e em depósitos bancários, por meio da quebra dos sigilos.

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O deputadodisse ter recebido dez depoimentos de assessores de congressistas acusados de participarem do esquema de fraudes. Outros 15 seriam encaminhados ainda na tarde desta sexta-feira ao vice-presidente da CPI. Um dos depoimentos, informou Jungmann, é o do empresário Romildo Medeiros, sócio da empresa Planam, apontada como organizadora do esquema de fraudes.

- A verdade é que as emendas individuais de parlamentares devem ser riscadas do mapa. O meu interesse é levar a crise até o limite. Não me interessa se começou no governo Lula ou no governo Fernando Henrique Cardoso. Eu não vou parar no meio do caminho porque quero mostrar para toda a sociedade essa putrefação e essa metástase até o fim - afirmou Jungmann.

Na entrevista que concedeu na sede da PF, Jungmann sustentou declarações anteriores de que a CPI dos Sanguessugas já tem provas concretas da participação de cerca de 80% dos 90 congressistas que estão sendo investigados por participação no esquema de fraudes.

- Sustento minhas declarações anteriores. Quem afirmou que a CPI só tem provas contra trinta parlamentares denunciados está querendo ligar o forno da pizza - retrucou ele, ao mencionar matérias publicadas pela imprensa.

Próximos passos

Segundo o vice-presidente da CPI, os próximos passos da comissão serão decididos na reunião marcada para a terça-feira (1º), quando também será discutida a necessidade de se notificar ou não quatro deputados cujos nomes foram citados numa recente lista divulgada pela Controladoria Geral da União (CGU). Em outra entrevista nesta sexta-feira, o sub-relator de Sistematização da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), havia afirmado à Agência Senado que os deputados João Almeida (PSDB-BA), Aroldo Cedraz (PFL-BA), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG) não seriam notificados porque não havia qualquer prova contra eles.

- Precisamos decidir logo os próximos passos da CPI para que, no dia nove de agosto ou nos dias subseqüentes, o relatório seja apresentado e votado para que toda a sociedade saiba o resultado das nossas investigações - concluiu Jungmann.



28/07/2006

Agência Senado


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