Waldir Bronzatto confirma empréstimo a Diógenes de Oliveira
O presidente da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, Waldir Antônio Bronzatto, confirmou hoje (sábado, 10/11) que emprestou R$ 15 mil ao presidente do Clube de Seguros da Cidadania, em junho de 98.
Conforme Bronzatto, o valor foi devolvido em dezembro do mesmo ano. Ele afirmou que confiou a soma a Diógenes de Oliveira porque este é seu amigo pessoal e precisava da quantia para pagar uma dívida contraída. Ele disse ainda que não se sentiu lesado com a operação, ao contrário, “sentiu-se honrado”.
O depoimento de Bronzatto, o primeiro do dia, foi marcado por inúmeras interrupções provadas pelo debate entre os deputados. A bancada do PT considerou as perguntas feitas pelo deputado Cezar Busatto (PMDB) como ofensivas à testemunha. “Estão tentando enxovalhar a honra de uma pessoa com 41 anos de trabalho na iniciativa privada, com ilações injuriosas sobre sua declaração de imposto de renda e sobre as informações que forneceu à CPI”, entende a deputada Maria do Rosário.
A condução dos questionamentos feitos a Waldir Bronzatto foi criticada pela bancada do PT, que acusou os deputados da oposição de tentarem induzir a testemunha ao erro. “As testemunhas não comparecem a esta Casa para serem desrespeitadas ou chamadas de mentirosas. Bronzatto é um cidadão com uma vida marcada pela honradez, sem nenhuma mácula, mas que foi tratado como réu”, lamentou Ronaldo Zülke (PT). O deputado convidou o depoente a ingressar no PT depois que o deputado Vieira da Cunha anunciou que vai pedir seu desligamento do PDT, partido ao qual permanece filiado.
O deputado Luís Fernando Schmidt (PT) considera os questionamentos feitos sobre a declaração de renda de Bronzatto completamente improcedentes. “A testemunha fez todos os esclarecimentos necessários, mas a oposição tentou confundi-lo apresentando situações hipotéticas e perguntando como ele se comportaria diante delas, numa atitude condenável que objetiva criar tumulto e manter falsas suspeitas sobre um episódio que ele já tinha elucidado”.
Diante da incapacidade da oposição de fazer perguntas objetivas à testemunha, preferindo o discurso político e pré-julgamentos, o deputado José Gomes lembrou que aquela audiência era de uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada para discutir questões relativas à segurança. “Isto está parecendo um tribunal de inquisição ou a Escolinha do Professor Raimundo”.
11/10/2001
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