Wellington Dias defende fim de reeleição para o Executivo e igual duração de mandato para todos os cargos
O senador Wellington Dias (PT-PI) defendeu, nesta sexta-feira (18), a decisão da Comissão de Reforma Política do Senado pelo fim da reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República, com ampliação do mandato para cinco anos. O senador sugeriu ainda mandato de mesma duração para todos os cargos eletivos, o que inclui o de senador.
Em sua avaliação, não existe sistema eficiente para fiscalizar a atuação do candidato quando está cumprindo mandato e, ao mesmo tempo, concorrendo ao cargo que detém. Ele disse ter vivenciado tanto o fato de concorrer à reeleição, como o de disputar com adversário nessa condição.
- É impossível, por mais ética, por mais caráter, por mais boa vontade que tenha um governante, separar o governante do candidato. É impossível! Não há lei no mundo que consiga fazer essa separação. Nem o candidato querendo, isso é possível - argumentou.
O senador Wellington Dias também elogiou a decisão da comissão de manter a obrigatoriedade do voto. Para o senador, o ato de votar deve ser tanto um direito como uma obrigação. Ele destacou, no entanto, que a obrigatoriedade é de comparecer às urnas, mas não de votar, uma vez que o eleitor pode votar em branco ou anular seu voto.
- O voto não é obrigatório. Acho que esse é um conceito errado, porque você comparece e não é obrigado a votar em ninguém. Pode ali se expressar. A obrigação é de se expressar - destacou.
Focolares
Wellington Dias, em seu pronunciamento, também homenageou a italiana Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, que morreu em 14 de março de 2008. O movimento, do qual o senador disse ser membro, tem o objetivo de "construir um mundo unido e melhor", explicou.
Desde o início da semana, informou Dias, acontecem eventos ecumênicos em todo o mundo para lembrar os três anos da morte de Chiara Lubich.
- Chiara foi alguém que, deixando esta terra, não deixou só o exemplo, como acontece com tantos, mas, como acontece com alguns, deixou a sua própria vida. Vida que milhões de pessoas hoje continuam a levar dentro de si, fazendo-a transbordar entre outros, espalhando no mundo a fraternidade - disse Wellington, ao citar pronunciamento do arcebispo de Teresina, Dom Sérgio Rocha.
18/03/2011
Agência Senado
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