Wellington Salgado defende o governo de "versões" da oposição
Depois de lamentar que os correligionários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumam uma espécie de "vitória envergonhada" ao não defenderem o governo federal dos ataques da oposição, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) analisou uma série de assuntos que são utilizados como críticas ao governo. Na sua visão, os oposicionistas distorcem os fatos e apresentam versões para atingir o presidente.
O orçamento foi o primeiro tema. Wellington Salgado disse que analistas classificam como ineficiência o fato de o governo estar utilizando suas receitas adicionais para aumentar o gasto corrente. O senador ressaltou que o aumento do gasto foi concentrado nas transferências de renda às famílias. Ou seja: o aumento da arrecadação foi devolvido à sociedade na forma de transferência de renda, como o Programa Bolsa-Família.
- Nos últimos quatro anos, o governo federal investiu na ampliação da rede de proteção social do Brasil, e isso teve impactos positivos sobre a economia: redução da pobreza, melhora na distribuição de renda e crescimento do mercado interno. E apesar da aceleração do crescimento do consumo, o investimento em capital fixo tem crescido mais do que a renda e do que o próprio consumo - afirmou Wellington Salgado.
O senador por Minas Gerais também analisou o que seriam fatos e versões a respeito dos gastos do governo federal com pessoal. Ele concordou que nos últimos anos houve um aumento no número de funcionários públicos, mas rechaçou que tenha havido um "inchaço" na máquina pública. Wellington explicou que o crescimento na quantidade de servidores não implicou em aumento do gasto com pessoal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Em aparte, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) concordou que é triste não encontrar parlamentares da base governista para confrontar os pronunciamentos da oposição e elogiou a coragem do peemedebista em defender "um governo que não se defende". Ele opinou que Wellington Salgado deveria apresentar para a população os números sobre a quantidade de recursos que o governo arrecadou com a CPMF e o que foi repassado para a saúde, desse total. Salgado prometeu falar sobre um tema em um próximo discurso.
08/11/2007
Agência Senado
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