80% dos voluntários vão à Pró-Sangue num gesto humanitário para salvar vidas



Antes 95% das pessoas só compareciam à instituição para repor o sangue de um parente ou familiar internado

Realizadas a triagem e a coleta, a bolsa segue para o setor de fracionamento. Lá, o sangue é separado em até quatro componentes – plaquetas, hemácias, plasma e crioprecipitado (ver glossário). A próxima etapa é o estoque, para aguardar a liberação. Enquanto isso, os tubos passam pelo Laboratório de Imunoematologia de Doador, para verificar o tipo sangüíneo (A, B, AB e O). Depois, pelo de sorologia, onde são realizados testes para hepatite e outras doenças. Como esses setores estão em rede, as informações que produzem podem ser compartilhadas.

Os resultados dos testes sorológicos são enviados ao doador pelo correio. Caso apresentem alteração, ele será convidado a comparecer ao setor de resultados. Neste local, um médico o orientará sobre procedimentos a tomar. Novidade recente é a possibilidade de receber os resultados por e-mail. Pereira salienta que a Fundação Pró-Sangue foi o primeiro hemocentro do País a enviar resultados pela Internet – há três anos.

O sistema permite ainda a integração com outras áreas do hemocentro. O setor de compras, por exemplo, faz a consulta dos atendimentos para prever quando e quanto precisa comprar de bolsas, tubos de coleta e outros materiais. Com esses dados, é possível enviar comunicado aos doadores, como convites para novas doações.

A empresa nacional SBS Informática desenvolveu o sistema e a americana Progress Software forneceu o banco de dados, com capacidade de 50 gigabytes de informação. “É um banco que não pára. Trabalha todos os dias, 24 horas”, observa o chefe de informática. A Pró-Sangue tem mais de 3 milhões de doadores cadastrados nesse banco e, como se submetem a diversos exames, cerca de 100 milhões de registros sorológicos são realizados.