A pedido de Sarney, diretores do Senado devem colocar seus cargos à disposição, anuncia Perillo



O 1º vice-presidente do Senado, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), anunciou nesta terça-feira (17), durante a sessão plenária, que o presidente da Casa, José Sarney, pediu a todos os 136 diretores do Senado que coloquem seus cargos à disposição. O objetivo, de acordo com o senador, é facilitar a tomada de novas providências na reunião da Mesa Diretora que deve ocorrer nesta quarta-feira (18) a partir das 10h30. Mais cedo, a assessoria do presidente já havia anunciado a realização da reunião da Mesa para tratar de mudanças no âmbito administrativo da Casa.

Perillo também lembrou as medidas adotadas pelo presidente do Senado, José Sarney, de pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) a análise dos contratos de terceirização, e à Fundação Getúlio Vargas (FGV) levantamento da situação administrativa da Casa, para avaliar a necessidade de manutenção dos contratos ou de realização de concurso público. Protocolo de intenções com a FGV deve ser assinado nesta quarta às 10h.

- Cremos, portanto, que, apuradas todas essas críticas e denúncias pela Mesa, o Brasil reconhecerá nosso empenho em preservar os ditames da boa gestão pública e da meritocracia - afirmou.

Ao comentar as denúncias que envolveram o nome da instituição nas últimas semanas, defendeu celeridade e objetividade por parte dos parlamentares na análise das proposições de interesse da população. Para isso, em sua opinião, é necessário resolver "todos os entraves administrativos" que possam se constituir em uma barreira para a tramitação de projetos.

- Nós temos o dever de ouvir e acolher as críticas quanto à agilidade no processo de votação, no processo legislativo - disse o senador.

Na avaliação de Marconi Perillo, é necessário fazer um levantamento de todos os "vícios históricos da prática administrativa" existentes na Casa para dar uma resposta à sociedade brasileira. A instituição também tem o dever de tomar a frente dos processos na área administrativa, verificando a procedência de cada uma das denúncias sob a ótica não só da legalidade, mas também da ética e da moralidade - "dois elementos que devem dar os limites da razoabilidade do ato administrativo".

Nesse sentido, completou o senador, não há nada de errado em conceder horas extras aos funcionários que ficam na Casa além do tempo previsto no expediente, mas é preciso regulamentar essa concessão, para que o Senado não seja "objeto de crítica". Da mesma forma, é preciso tomar as medidas necessárias para evitar o nepotismo e toda e qualquer forma de favorecimento direto ou indireto, incluindo-se a questão dos contratos terceirizados.



17/03/2009

Agência Senado


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