ACM anuncia fábrica de celulose na Bahia e pede Forças Armadas no policiamento urbano
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) anunciou nesta terça-feira (10) a instalação de indústria de celulose na cidade de Eunápolis, no sul da Bahia, um investimento de US$ 1,25 bilhão. Conforme o senador, uma segunda fábrica deve ser instalada em dez anos, e uma terceira, em 15 anos. A implantação do projeto vai gerar cerca de 12 mil empregos na construção, e a ocupação de mão-de-obra projetada para quando a fábrica estiver em pleno funcionamento é de 2 mil empregos diretos, informou o senador.
O investimento, explicou Antonio Carlos, reúne uma empresa brasileira, a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, e uma indústria sueco-finlandesa, a maior produtora mundial de papel. O senador afirmou que a Bahia -firma-se cada vez mais como um importante pólo para novos investimentos graças à confiança que o empresariado demonstra nas administrações que se sucedem na condução do estado-.
A matéria-prima para a indústria de celulose virá de nove municípios da região: Canavieiras, Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália. Em contrapartida ao investimento, o governo do estado executará obras de infra-estrutura que incluem a pavimentação e a recuperação de estradas, melhoria de aeroportos, obras de macrodrenagem urbana para 21,5 mil casas e saneamento básico. A região tem cerca de 66,4 mil habitantes.
Antonio Carlos elogiou o governo de Paulo Souto e o anterior, de César Borges, que têm investido na melhoria das condições de vida e na infra-estrutura do estado. Em aparte, o senador Paulo Octávio (PFL-DF) elogiou o desempenho da Bahia no setor de turismo, o que tornou o estado uma referência nacional no tema. Também em aparte, o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) disse que o governo baiano tem feito sua parte, mas é preciso que o governo federal se preocupe mais com o desenvolvimento regional.
Na parte final de seu discurso, Antonio Carlos pediu a presença das Forças Armadas no policiamento das grandes cidades, e não apenas na guarda das fronteiras do país.
- O povo assim o quer, e o governo tem que atender. Estamos no ano de 2003, e não mais em 1900, e é preciso agir, antes que seja necessária uma intervenção federal, por exemplo, no estado do Rio - afirmou.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que concordava com a rediscussão do papel das Forças Armadas, diante da calamidade que é a violência nos grandes centros urbanos. Ele sugeriu que o próprio Antonio Carlos e o presidente José Sarney encaminhassem um debate sobre o assunto com os ministros da Justiça e da Defesa. Antonio Carlos encerrou lembrando que a Polícia Militar já está -infiltrada-, e o aparelho de segurança dos estados já não atende às necessidades da população.
10/06/2003
Agência Senado
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