ACM DIZ QUE NÃO FEZ PRESSÃO PELA FACULDADE ANHEMBI/MORUMBI
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, considerou hoje (dia 26) equivocada a citação do seu nome entre as pessoas que fizeram pressão para o reconhecimento da nova Faculdade Anhembi/Morumbi. Conforme a imprensa, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, teria mencionado o nome de Antonio Carlos com os do governador Mário Covas e do senador José Serra (PSDB-SP) entre os que pressionaram por essa faculdade.
- Trata-se sem dúvida de uma citação pelo menos mal colocada do ministro, do seu problema filosófico ou educacional com o sr. José de Arthur Gianotti - disse Antonio Carlos Magalhães.
O senador afirmou que o ministro da Educação e o filósofo se entendem mais entre si do que com ele, daí por que dava o seguinte conselho: "Que eles se entendam sob a égide do presidente Fernando Henrique Cardoso, que é amigo dos dois".
Ele disse que é um admirador de Paulo Renato, e explicou que seu apoio dirige-se não à faculdade paulista, mas à instituição denominada Faculdades Salvador (Facs), em sua opinião uma das melhores do país. Antonio Carlos Magalhães afirmou ter lutado, dentro do seu dever de parlamentar baiano, para que essa entidade, "com vários e excelentes cursos", fosse reconhecida universidade pelo Conselho Nacional de Educação.
Depois de informar que o conselho a aprovou por unanimidade, inclusive com o voto do antropólogo José de Arthur Gianotti, Antonio Carlos Magalhães esclareceu: "Eu também sou contra a proliferação de universidades mas, como baiano e nordestino, tenho o dever de reclamar do número exagerado de universidades no Sul do país, principalmente em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em detrimento do Nordeste".
Conforme o senador, por falta de universidades na região, muitos estudantes deixam o Nordeste para estudar em outros estados, algumas vezes em faculdades ou instituições universitárias que não deveriam existir. Ele afirmou concordar com o entendimento de que as universidades só devem existir para prestar bons serviços, e informou que a Facs, aprovada por 11 votos a zero, é um modelo de conjunto de faculdades que agora se torna universidade.
E insistiu em esclarecer o equívoco envolvendo o seu nome: "O ministro Paulo Renato errou em me confundir com o senador José Serra e com o governador Mário Covas, que têm o direito de pleitear isso para suas regiões, mas eu não queria estar em tão boa companhia nesta hora. Prefiro estar na companhia da Bahia".
Em defesa da Facs, pela qual disse ter lutado junto com toda a bancada baiana, o presidente do Senado explicou que as qualidades dessa instituição são óbvias. Ele observou que é tão evidente a ausência no Nordeste e na Bahia de entidades universitárias e de faculdades que só isso já mereceria um discurso. Daí por que pediu a transcrição nos Anais do Senado de dados comparativos do ensino superior na Bahia e no Nordeste com o resto do país.26/08/1997
Agência Senado
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