ACM é sepultado em Salvador ao lado dos filhos Ana Lúcia e Luís Eduardo



Em meio a grande consternação, e cercado por familiares, políticos dos mais variados partidos, empresários e lideranças, o corpo do senador Antonio Carlos Magalhães foi sepultado às 17h40 deste sábado (21) no cemitério Campo Santo, na cidade de Salvador. Ele ocupa o mausoléu da família, de número 16, onde também estão os restos mortais dos filhos Ana Lúcia Magalhães, que morreu em 1986 aos 28 anos, e de Luís Eduardo Magalhães, deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, que faleceu de complicações cardíacas em 1998, em Brasília, aos 43 anos.

O corpo do senador, que expirou no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), em São Paulo, em chegou à Base Aérea de Salvador às 20h40 desta sexta-feira (20) e, após honras militares prestadas no próprio aeroporto, seguiu em cortejo por várias avenidas da capital baiana em direção ao Palácio da Aclamação, no centro da cidade, onde foi velado. Além de populares, que formaram uma fila de quase um quilômetro na parte externa do palácio, o velório contou com a presença de vários políticos, entre eles o vice-presidente da República, José Alencar, que representou o presidente Luis Inácio Lula da Silva nas cerimônias; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL);e os senadores José Sarney (PMDB-AP), Edison Lobão (DEM-MA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Maria do Carmo (DEM-SE), Ideli Salvatti (PT-SC), Wellington Salgado (PMDB-MG), Marco Maciel (DEM-PE), João Durval (PDT) e César Borges (DEM), ambos da Bahia.

As cerimônias religiosas foram iniciadas, ainda no Palácio da Aclamação, pouco após as 16 horas deste sábado, com uma missa celebrada pelo monsenhor Gaspar Sadock, amigo de longa data do senador Antonio Carlos Magalhães. Na homilia, ele lembrou que ACM morrera no Dia do Amigo e que o político foi um verdadeiro amigo da Bahia e do seu povo. Conforme afirmou o monsenhor em sua homilia, "a obra de ACM não foi limitada às circunstâncias do agora" e que ele teria trabalhado "pelo futuro e pela verdade". A parte final da liturgia da missa de corpo presente foi dirigida pelo arcebispo primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo.

Quando o cortejo saiu do Palácio da Aclamação em direção ao Campo Santo, com o esquife sendo transladado por um veículo do Corpo de Bombeiros, populares que disputavam a possibilidade de ver pela última vez o senador formavam uma fila de aproximadamente 500 metros, do lado externo do edifício. As pessoas, controladas por efetivos da Polícia Militar, sem violência, demonstraram descontentamento com a falta de um tempo maior para visitação. Os populares, em vários momentos, cantaram emocionados o refrão "ACM, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver".

Após percorrer trajeto de quase 5 quilômetros, o cortejo com o corpo do político baiano de maior prestígio nos últimos 40 anos chegou à porta principal do cemitério Campo Santo por volta das 17h30, onde se encontravam perto de 15 mil pessoas. O caixão foi conduzido do carro do Corpo de Bombeiros para o interior do Campo Santo por uma guarnição de gala da Polícia Militar, que também homenageou o senador com uma salva de 2l6 tiros. Antes de baixar à sepultura, e acompanhado por mulheres vestidas de baiana que cantavam o hino do Senhor do Bomfin, o esquife foi carregado também pelo filho e sucessor de ACM na vaga aberta no Senado Federal, Antonio Carlos Magalhães Júnior, e pelo neto, deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto.

Coube ao monsenhor Lázaro, da Igreja Católica, liderar as últimas orações da cerimônia. Em clima de muita emoção, principalmente da parte dos familiares do senador, o caixão baixou ao jazigo da família às 17h40, sob uma chuva de pétalas de rosas e ao som do hino nacional, cantado pelos presentes.

Já era quase noite em Salvador, quando os portões do Campo Santo foram abertose permitida a entrada de populares.

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21/07/2007

Agência Senado


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