ACM FALARÁ COM TODOS OS PARTIDOS PARA APROVAR PROJETO CONTRA POBREZA
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, anunciou nesta terça-feira (dia 3) que até quarta-feira (dia 4) pretende lançar oficialmente sua proposta de combate à pobreza no país, em pronunciamento no plenário da Casa. O senador revelou, ainda, que vai "dialogar com todos os partidos, sem exceção", para viabilizar essa iniciativa. Ele se diz aberto a receber colaborações e contribuições destinadas a aprimorar o projeto. E garante que "ninguém terá coragem de sair deste Congresso sem votar algo em favor dos pobres".No entender de Antonio Carlos, o grande mérito da idéia que lançou é "colocar o tema em discussão". O próprio senador deu dois exemplos sobre modificações que poderá fazer em relação ao projeto divulgado inicialmente. A faixa de renda que receberia uma taxação adicional já não deverá ser de 2 mil reais. Será maior, mas Antonio Carlos não adiantou em quanto. Já o conselho gestor do fundo que seria formado para custear as ações contra a pobreza teria sua organização modificada, "para evitar a prevalência dos políticos ou, se a política prevalecer, que o conselho seja representativo de todos os partidos".Ao comentar declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso, que apontou a reforma da previdência como uma contribuição ainda mais poderosa para o esforço de se combater e erradicar a pobreza no país, o senador Antonio Carlos Magalhães destacou que "essa pode ser uma das receitas, mas outras existem".- O fato é que não é por minha culpa que a reforma da previdência não foi aprovada. Se o presidente Fernando Henrique Cardoso olhar os que não votaram, ele verá que a maioria está na sua base principal e no seu partido.O debate suscitado por sua proposta de criação de um programa para combater a pobreza no país, avalia o senador, "já é uma vitória". O diálogo com todos os partidos, "sem exceção", será em busca de um "denominador comum", acrescentou. A respeito dos 40 anos de criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), Antonio Carlos observou que "em 40 anos ela não acabou com a pobreza, portanto terá que ser mudada para depois acabar com a pobreza".
03/08/1999
Agência Senado
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