ACM: "O MOMENTO EXIGE SERENIDADE"



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, afirmou nesta terça-feira (dia 13), em discurso, que os 87% de brasileiros que apóiam a CPI do Judiciário podem ter certeza de que o Senado trabalhará para que o país "tenha o Judiciário que exige". Para ele, cabe agora à CPI "cumprir os seus deveres com a nação, com serenidade, mas com energia. O momento exige serenidade".Antonio Carlos Magalhães disse que o jornal Correio Braziliense o tratou de forma deselegante ao publicar sua resposta à notícia sobre nepotismo. "Se uma palavra ou outra foi mal posta, foi em função da maneira deselegante com que o jornal me tratou", disse. O presidente do Senado afirmou ainda que a Folha de S. Paulo publicou suas explicações "dentro do princípio sadio do jornalismo, coisa que não aconteceu com o Correio Braziliense".O presidente do Senado agradeceu ao senador Pedro Simon (PMDB-RS) pelo discurso ponderado que pronunciara pouco antes, abordando o episódio do jornal. Lembrou que teve "os maiores embates" com Simon na legislatura passada, mas ele, no final, "reconheceu o trabalho" que Antonio Carlos fez na presidência do Senado e o estimulou inclusive a se candidatar à reeleição. "Isso foi um gesto de grandeza."Antonio Carlos afirmou que tem elevado o nome do Senado como seu presidente e uma prova disso foi a votação que teve ao se candidatar à reeleição. Pedindo perdão "pela imodéstia", disse que o Senado saiu, mais uma vez, engrandecido nesta segunda-feira (dia 12), em São Paulo, quando ele, Antonio Carlos, foi aplaudido de pé por cerca de 1.000 pessoas na Associação Comercial de São Paulo pelas atitudes que vem tomando na Presidência da Casa. Ao comentar a instalação da CPI dos bancos, nesta quarta (dia 14), Antonio Carlos Magalhães lembrou que o seu partido, o PFL, apoiou sua criação desde o início. Se a CPI não tivesse sido criada, "hoje já haveria motivo para sua instalação", após as últimas declarações do presidente do Banco Marka, sustentou o presidente do Senado. Para ele, se o presidente do Banco "é leviano, como disse em São Paulo, não deveria estar no Sistema Financeiro. Se é louco, deveria estar no hospício e, se é ladrão, deveria estar na cadeia".

13/04/1999

Agência Senado


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