ACM: PRESIDENTE DO BASA TINHA OBRIGAÇÃO DE SABER MAIS SOBRE ASSUNTOS DO BANCO



As respostas evasivas dadas pela presidente do Banco da Amazônia S.A (Basa), Flora Coelho, a perguntas dos senadores José Agripino (PFL-RN) e Maguito Vilela (PMDB-GO) deixaram o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) insatisfeito. Flora Coelho se eximiu também, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no Poder Judiciário, nesta terça-feira (dia 20), de oferecer sugestões de providências a serem tomadas pela CPI, por solicitação do senador potiguar.Agripino pediu a opinião de Flora Coelho sobre a visão que os paraenses têm da ação que envolve o Basa e a empresa Sabim. Já Maguito quis saber qual a reputação dos peritos que calcularam a indenização bilionária. Flora Coelho, porém, disse que não tem conhecimento da sociedade paraense ou dos peritos e, dessa forma, não poderia opinar sobre o assunto.- Se ela vive trabalhando pelo banco, tinha obrigação de saber mais sobre os assuntos do banco, inclusive sobre o que pensa a sociedade paraense a respeito dessa causa. Não poderia se omitir. Era o seu dever saber sobre o conceito dos peritos que deram laudos absurdos - afirmou Antonio Carlos, último senador a falar durante o depoimento da presidente do Basa.Para o senador pela Bahia, a presidente do banco talvez estivesse intimidada pelo início da comissão, sem querer dizer o que pensa.- A senhora é obrigada a dizer o que a senhora pensa. A senhora, que é uma funcionária competente, não pode ficar intimidada de dizer o que pensa - disse o senador.Antonio Carlos citou ainda declarações do presidente do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de que o Judiciário é responsável pela existência da CPI. O senador considera a afirmação "extremamente importante, porque se houvesse um Judiciário correto não existiria CPI".- Eu quero dizer à senhora que entrei aplaudindo e que não vou sair feliz com o seu depoimento - concluiu o autor do requerimento para a criação da CPI do Judiciário.Após a intervenção de Antonio Carlos, o presidente da CPI, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), disse ser obrigação sua informar que a testemunha que comparece à comissão não está obrigada a fazer declarações a não ser sobre fatos objetivos.

20/04/1999

Agência Senado


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