PRESIDENTE DO BASA DEPÕE TERÇA-FEIRA NA CPI DO JUDICIÁRIO
Na terça-feira (dia 20), os senadores da CPI do Judiciário ouvem a presidente do Banco da Amazônia (Basa), Flora Valadares Coelho, convocada porque o banco foi condenado pela Justiça do Pará a pagar a astronômica cifra de R$ 81 bilhões em ação movida pelo ex-donos da madeireira Sabim, que faliu em 1968. A CPI pretende saber detalhes do processo e conhecer os critérios que podem ter sido utilizados para que se chegasse a esse valor.O Caso Basa é um dos exemplos que ilustram as denúncias de "indenizações calculadas com o intuito de lesar o erário", e que constam do requerimento de instalação da CPI, apresentado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, em 25 de março. O processo judicial teve início quando a Justiça não aprovou a prestação de contas do Basa, que atuou durante dez anos como síndico da massa falida da madeireira. Sentença proferida em 1981 condenou o banco a pagar 300 milhões de cruzeiros. Depois de longa discussão em diversas instâncias, o Supremo Tribunal Federal acabou por manifestar-se favoravelmente ao Basa e decretou nula a sentença.A madeireira pediu que fosse dada nova sentença e mesmo antes do julgamento do agravo de instrumento (recurso anterior à sentença) apresentado pelo Basa, foram nomeados dois peritos para atualização dos laudos. Feitos novos cálculos, chegou-se ao valor de R$ 543 milhões em outubro de 1996. Com o acréscimo de juros e honorários de peritos e advogados, chegou-se a inimaginável quantia de R$ 81 bilhões. Em 30 de junho do ano passado, os autos continuavam na primeira instância para encaminhamento à superior.
16/04/1999
Agência Senado
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