Acordo pode reduzir ainda mais o preço da gasolina



Acordo pode reduzir ainda mais o preço da gasolina

Um dia após a determinação do presidente Fernando Henrique de baixar o preço da gasolina para o consumidor, o Governo federal fechou um acordo com todos os estados para mudar a base de cálculo do ICMS um dos fatores que impedem uma queda maior nos combustíveis. No caso do Rio, não haverá alteração pelo menos até o fim do mês, porque o estado já havia reduzido a sua base do ICMS para gasolina.

O presidente do Confaz e secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, admitiu que o desconto para o consumidor pode não chegar aos 20% prometidos pelo presidente Fernando Henrique, porque a redução depende ainda de postos e distribuidoras.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média de redução dos preços nas principais capitais é de 12%. No Rio, a redução é de 9,12% em relação aos valores cobrados em dezembro. (pág. 1 e 25)


  • O presidente Fernando Henrique vetou ontem mais da metade dos artigos da nova lei antidrogas, que o Congresso levou dez anos para aprovar. A decisão causou polêmica porque, na prática, volta a valer a Lei de Entorpecentes, de 1976, que prevê cadeia para usuários de drogas.

    O Governo mandará novo projeto ao Congresso propondo penas alternativas para viciados. Autor do texto original, Elias Murad não quer mais batizar a lei. (pág. 1 e 3)


  • Traficantes voltaram a desafiar a polícia do Rio, destruindo seis ônibus ontem em Senador Camará, na Zona Oeste. Segundo a PM, a ação foi um protesto contra a morte do gerente do tráfico na Favela do Rebu, de madrugada, em confronto com policiais.

    Eram 5h30 quando bandidos com granadas, fuzis e pistolas pararam quatro ônibus na Avenida Santa Cruz, incendiando três e depredando um. Três horas depois, mais dois ônibus foram incendiados na Praça Iguatama.

    Passageiros foram saqueados e espancados. O comandante da PM, Wilton Ribeiro, criticou o 14º BPM (Bangu) por não ter ocupado a favela. (pág. 1 e 13)


  • Filas, tumulto e falta de informação marcaram ontem a reabertura dos bancos na Argentina. Nas casas de câmbio, o dólar subiu 42,9%, chegando a 1,75 peso no câmbio flutuante. Durante a madrugada, os argentinos voltaram às ruas para protestar e o governo já admite mudar as regras para saques. (pág. 21 a 23)


  • O Governo avisou ontem que só reduz de 27,5% para 25% a alíquota do Imposto de Renda de quem ganha mais de R$ 2.115 se forem criados impostos ou cortadas despesas. Os parlamentares ameaçam alterar a MP que corrige a tabela, excluindo a chance de perpetuar a alíquota de 27,5% e derrubando o reajuste da Contribuição Social sobre Lucro Líquido. (pág. 2 e 8)


  • Os índices de violência atingem patamares nunca vistos em Campinas, onde Rosana Rangel Melotti foi assassinada anteontem por seus seqüestradores na porta de casa. Em 2000 foram 20 seqüestros e em 2001, 39. O número de homicídios chegou a 612 no ano passado. Nova York, que tem população oito vezes maior, registrou 640 assassinatos no mesmo período. (pág. 10)


  • Profissionais de comunicação aprovados em concurso para o Senado em 1997 vão à Justiça garantir seus empregos, atualmente ocupados por mão-de-obra terceirizada. O Senado gasta R$ 550 mil anuais com a contratação indireta de jornalistas. Entre eles, parentes de senadores que foram reprovados no concurso, mas admitidos por indicação política. (pág. 8)


  • A alta do dólar fez o IPCA, índice que serve de parâmetro para o sistema de metas de inflação, subir 7,67% no ano passado. O resultado ficou acima da meta interna proposta pelo Banco Central, que poderia chegar a 6%, e quase no limite acertado com o Fundo Monetário Internacional (7,8%). Em dezembro, o IPCA foi de 0,65%, contra 0,71% no ano anterior. (pág. 2 e 25)


  • Um telefonema do ministro da Saúde e pré-candidato do PSDB a presidente, José Serra, para o governador de Minas e presidenciável do PMDB, Itamar Franco, provocou ontem especulações sobre uma possível chapa entre os dois, com o tucano na cabeça e o peemedebista de vice.

    A hipótese foi descartada por aliados dos dois, mas Itamar não confirmou nem desmentiu as especulações, aumentadas pela defesa que o empresário Antônio Ermírio de Moraes fez da chapa com os dois.

    Itamar confirmou que conversou por telefone com o ministro, mas disse que o contato foi rápido e tratou apenas de questões administrativas.

    "Não vou fazer comentários. Mas registro a convivência respeitosa que sempre mantive com o doutor Antônio Ermírio", disse o governador, sem fazer referências a Serra. (pág. 4)


  • Para tentar conseguir o apoio de entidades da sociedade civil e neutralizar a rejeição ao partido, a cúpula do PFL está articulando o lançamento de um movimento liderado por vários setores da sociedade para apoiar a candidatura da governadora Roseana Sarney. Em segundo lugar nas pesquisas, Roseana parte agora para o corpo-a-corpo pré-eleitoral.

    Até o fim do mês será lançado o Movimento Brasil com Roseana - Move BR - para levar o nome da governadora às ruas com a distribuição em larga escala de broches, adesivos e faixas apenas com o nome da candidata.

    A idéia é organizar uma militância própria de Roseana, sem vinculação com o partido. Amparada em pesquisas quantitativas e qualitativas, a cúpula do partido percebeu que a sigla PFL inibe o engajamento de muitos setores da sociedade que simpatiza com a governadora.

    Com o Move BR, os estrategistas pretendem conquistar apoio de figuras de expressão popular que, em geral, não gostariam de ter seus nomes vinculados ao PFL. (pág. 4)



    EDITORIAL

    "Tarefa urgente" - O que aconteceu na Polícia Militar baiana, em Salvador, no início da semana, deveria servir de alerta ao Governo federal. As quarteladas coibidas em meio a tiroteios na própria tropa indicam a urgência com que o tema da reformulação das polícias militares, e também a civil, precisa ser retomado pelos governadores e por Brasília. (...) (pág. 6)



    COLUNAS

    (Panorama Político - Diana Fernandes) - O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu ontem à noite no Palácio da Alvorada um grupo de dez empresários e executivos de empresas estrangeiras no Brasil. O encontro foi pedido pelo próprio Presidente, que queria ouvir impressões sobre o cenário de investimentos estrangeiros no Brasil este ano. E também uma avaliação de fora do Governo sobre o efeito Argentina. (...) (pág. 2)


    (Ancelmo Gois) - O juiz Alfredo Jara Moura, da 6ª Vara Criminal Federal, vai interrogar, terça-feira, os dirigentes do Banco Vega, que foi liquidado pelo Banco Central, em 1997.

    Por precaução, ele avisou à Polícia Federal que está proibido de deixar o País o trio de ex-dirigentes da instituição: José Carlos Fragoso Pires, Antonio Carlos Coelho e Bernardo Mascarenhas.

  • Ano passado, o Banco do Brasil abocanhou 12% do mercado de crédito de pessoas físicas.

    Subiu 10,43% em relação a 2000. (pág. 14)


    Topo da página



    01/12/2002


    Artigos Relacionados


    Desoneração pode reduzir preço do tablet brasileiro em mais de 30%

    (Flash 12h50) - Covas anuncia que pode reduzir ainda mais ICMS no setor de restaurantes e hotéis

    Preço da gasolina não pode ficar descolado da cotação internacional, diz presidente da Petrobras

    Governo pode reduzir percentual de álcool misturado à gasolina, diz Lobão

    Estados reduzem ICMS e preço da gasolina cairá mais

    Emenda da Música é promulgada e pode reduzir preço de cds