ADEMIR ANDRADE COMPARA DOM HÉLDER CÂMARA A GHANDI, BETINHO, LUTHER KING E MADRE TERESA



Ao homenagear os 90 anos de vida do arcebispo emérito de Olinda (PE), dom Hélder Câmara, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) o comparou a Ghandi, Martin Luther King, Betinho e Madre Teresa de Calcutá, pela sua defesa aos oprimidos. Ele acrescentou que a homenagem do Senado representava o reconhecimento por tudo que o religioso fez não só pela Igreja Católica, mas por toda a sociedade brasileira.- Dom Hélder soube, como poucos, exercer sua catequese em favor dos oprimidos. Combateu as arbitrariedades sem pregar a violência; defendeu os pobres; fez de sua pregação um libelo contra as desigualdades, sem jamais escorregar para o radicalismo - elogiou Ademir Andrade.Reconhecendo que hoje Dom Hélder representa quase uma unanimidade nacional, Adermir Andrade lembrou que nem sempre foi assim. Nos tempos do autoritarismo, o sacerdote foi apelidado de "bispo vermelho". Segundo o senador pelo Pará, isso aconteceu porque mesmo sem nunca ter sido comunista, o arcebispo de Olinda não se calava ante as torturas nos porões do regime militar e nem desistia de lutar em favor dos oprimidos.Ademir Andrade confessou que iniciou na vida pública graças ao trabalho dos discípulos de dom Hélder Câmara. Ele disse que aprendeu a fazer política no Pará com alguns religiosos que apoiavam a população mais pobre e sofrida do estado na luta pela terra. Na época o senador era engenheiro da Eletronorte, e havia sido destacado para acompanhar a obra da hidrelétrica de Tucuruí. - A história da democracia e da cidadania no Brasil deve, e muito, à presença de dom Hélder. Sua firmeza de caráter tem muito a inspirar os homens públicos, que muitas vezes presos em seus cotidianos, tornam-se insensíveis à violação da miséria humana - encerrou Ademir Andrade.

23/03/1999

Agência Senado


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