ADEMIR APÓIA DEPUTADOS DO PARÁ QUE QUEREM ACABAR COM INCENTIVOS À VALE



O senador Ademir Andrade (PSB-PA) elogiou hoje (dia 15) a decisão unânime dos deputados estaduais do Pará de elaborar uma lei para cortar os incentivos e benefícios concedidos à Vale do Rio Doce pelo governo do estado. Ele explicou que, mesmo tendo sido privatizada, a Vale do Rio Doce continuarecebendo, por exemplo, proteção policial militar na área conhecida como Serra Verde e usufrui do trabalho de agentes de saúde pagos pelos cofres públicos.

- Vamos passar a tratar a Vale do Rio Doce como inimiga do nosso estado - afirmou o senador, acrescentando que, depois de privatizada, aempresa suspendeu os convênios que existiam com as prefeituras da região e deixou de investir em municípios nos quais atuava anteriormente, trazendo graves prejuízos à economia local.

Na opinião de Ademir Andrade, "aVale tem atuado no Pará como se estivesse trabalhando num estado independente, sem nenhum respeito à comunidade local e aos interesses regionais". A seu ver, no entanto, os tempos são outros e o povo do Paráirá garantir seus direitos. "Passou o tempo em que o poder econômico ditava as regras, que prevalecia o interesse do lucro imediato. A sociedade não está mais tão apática como estava antigamente", garantiu.

O senador criticou a indefinição da nova diretoria da Vale do Rio Doce sobre a construção da Siderúrgica do Salobro, em Marabá, onde as reservas de cobre de Carajás seriam industrializadas, e sobre a transferência do escritório central da companhia para São Luís (MA), medida que, a seu ver, esvaziaria a direção do projeto Carajás.

LEI KANDIR

Ademir Andrade, por outro lado, anunciou que apresentará nos próximos dias um projeto para revogar a Lei Kandir. Segundo o senador, o estado do Pará perdeu R$ 100 milhões após a edição da referida lei.

Em apartes, os senadores Carlos Patrocínio (PFL-TO) e Sebastião Rocha (PDT-AP) apoiaram o discurso de Ademir Andrade, destacando esse último que a decisão da Assembléia do Pará "é necessária e procedente".



15/10/1997

Agência Senado


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