Aécio Neves diz que proposta de plebiscito 'já nasceu morta’




Aécio: PSDB vai elaborar uma proposta de reforma política

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (4), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que a proposta de plebiscito feita pela presidente da República, Dilma Rousseff, “já nasceu morta” e marcou o “fim antecipado” do governo. Aécio ainda anunciou uma reunião da Comissão Executiva do partido para apresentar um conjunto de propostas para a reforma política.

O senador também classificou de “engodo” o plebiscito que, segundo ele, serviria apenas para desviar o foco da população de questões centrais, como saúde pública e mobilidade urbana.

- Voltou como um bumerangue, a proposta equivocada. O erro  tem uma velocidade própria, e a presidente está conhecendo a velocidade do erro. A Constituinte durou 24 horas e a proposta do plebiscito não durou duas semanas – avaliou.

O parlamentar defende a votação da reforma política no Congresso Nacional e, em seguida, sua análise pela população por meio de um referendo, juntamente com as eleições de 2014.

- Eu acho que esse é o único caminho, até porque a maioria que você tem para determinado tema, não é exatamente a maioria que você tem para outra determinada questão – explicou.

Para Aécio, o governo antecipa o próprio fim ao não assumir os seus equívocos; ao não reconhecer que é um “velho” e não consegue conversar com o “Brasil novo”, que surgiu nas ruas. A proposta de consulta popular e os pactos apresentados pelo Executivo já começaram errados, no entender do senador pelo PSDB, porque a presidente Dilma não chamou a oposição para o diálogo.

- Chamou segmentos da sociedade que o governo controla, muitos recebem mesada do governo. Ignorou os segmentos políticos que representam metade da população brasileira; o PSDB governa metade da população do Brasil [em nível estadual e municipal] – disse.

Agenda

Na próxima terça-feira (9), a Executiva do PSDB reúne-se com o objetivo de elaborar uma agenda para a reforma política. Na pauta, o voto distrital misto; o fim das coligações proporcionais; o fim do voto secreto nas votações no Parlamento; e a cláusula de barreira (dispositivo que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos). .

- Nós defendemos o fim do voto secreto em todas as votações, com exceção da votação de vetos presidenciais, para preservar a vontade do parlamentar das pressões do Executivo – concluiu.



04/07/2013

Agência Senado


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