Agentes de escolta da PF fazem curso de manuseio e tiro de pistola



Organizado pela Escola de Administração Penitenciária, o objetivo é garantir mais segurança na atuação profissional

O instrutor Ernesto Kenji, da Polícia Federal (PF), fala pausadamente sobre a importância da concentração e da disciplina para o bom resultado em qualquer tipo de ação armada. Atentos a cada detalhe citado pelo professor, estão 23 Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP) de unidades prisionais da região de Franco da Rocha. Eles fazem parte de mais uma turma do Curso de Manuseio e Tiro de Pistola, ministrado por instrutores da Polícia Federal desde meados de junho.

Supervisionada pela Escola de Administração Penitenciária (EAP), a iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e a PF. A participação é voluntária, mas a quase totalidade dos agentes que buscam o porte de armas no Estado de São Paulo manifestaram interesse no aperfeiçoamento.

Durante oito horas de curso, os participantes recebem aulas teóricas, que compreendem fundamentos, regras de segurança, empunhadura, manuseio e incidentes de uso de arma, e práticas, feitas nos estandes de tiro. Sete instrutores da PF, que aplicam esse curso na formação de policiais da própria instituição, além de juízes federais e funcionários da Receita, acompanham cada passo dos alunos no estande. Uma das características mais fortes do aprendizado é o fato de ser aplicado individualmente: o participante realiza os procedimentos sob os olhos atentos dos professores.

Os resultados são evidentes. Em um cronograma dividido em 90% de aprendizagem e 10% avaliação, os últimos disparos apontam grande melhoria na técnica e aproveitamento. Após aplicar o curso a milhares de agentes, o instrutor Ernesto Kenji comemora os bons resultados. “É muito gratificante, principalmente a maneira como eles reconhecem o nosso trabalho e demonstram interesse e dedicação”, afirma. Segundo Kenji, o curso é definido em duas palavras: conhecimento e segurança.

Segurança e prevenção – A Escola de Administração Penitenciária supervisiona e organiza as turmas de agentes, separadas por unidade e coordenadorias. Também proporciona os protetores auriculares e óculos para a segurança do treinamento. As pistolas usadas são as de cada funcionário inscrito.

O cargo de AEVP foi criado em 2002, em substituição aos policiais militares que ocupavam as muralhas de unidades do Estado. Desde então, a categoria desempenha papel fundamental na manutenção da segurança e na prevenção de incidentes nos estabelecimentos prisionais.

A pistola não faz parte dos armamentos utilizados nas unidades, mas o treinamento com a PF traz fundamentos para o dia-a-dia na função, além de ser uma formação específica que qualifica o porte de armas para a categoria – uma vez que, por trabalhar armados, os AEVPs são isentos do curso de tiro para conseguir a documentação. “Achei o curso muito bom, principalmente porque no nosso trabalho, que é de vigilância, é necessário agir na hora certa”, elogia o agente de escolta Paulo.

Foram contemplados com o Curso de Tiro e Manuseio de Pistola funcionários das Coordenadorias do Vale do Paraíba, litoral, capital e Grande São Paulo. As demais unidades serão das regiões Central, Noroeste e Oeste.

Da Secretaria da Administração Penitenciária

(M.C.)



09/16/2008


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