Agricultura: Dia de Campo apresenta estratégias para agronegócio da tangerina
Objetivo foi transferir conhecimento e apresentar aos produtores paulistas as técnicas para produção de frutas de qualidade
Transferir conhecimento e apresentar aos produtores paulistas as técnicas para produção de frutas de qualidade. Estes foram os objetivos do 6º Dia da Tangerina, realizado nesta quarta-feira (14/06), no município de Capão Bonito. O evento, organizado pelo Instituto Agronômico (IAC) e pelo Pólo Regional do Sudoeste Paulista, ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, reuniu produtores, técnicos e pesquisadores em torno do debate sobre os principais itens da produção de tangerinas para mesa no Estado.
Durante o encontro, além das palestras e discussões, produtores puderam conferir de perto as 22 variedades de tangerinas cultivadas no Pólo Regional, incluindo as sem sementes e as tolerantes à alternaria, doença limitante que, em variedades suscetíveis, pode provocar intensa queda de folhas, seca de ramos e queda prematura de frutos, comprometendo a produtividade das plantas. Nos frutos, as lesões da doença reduzem o valor comercial dos produtos no mercado de frutas frescas.
De acordo com a pesquisadora do IAC, Rose Mary Pio, uma das grandes contribuições do dia de campo foi a orientação quanto ao manejo, manuseio das frutas e as etapas da cadeia, que findam no consumo. “A qualidade da fruta depende de uma seqüência que começa com os cuidados no pomar, passam pelo pachinghouses (barracões) e refletem no consumidor”, explica a pesquisadora, salientando que as informações poderão beneficiar produtores de todas as regiões de São Paulo, já que a tangerina tem seu cultivo distribuído em todo o Estado.
O evento contou com demonstrações de campo e uma apresentação sobre o cultivo e a produção das tangerinas sem sementes desenvolvidas pelo IAC.
De acordo com Rose Mary Pio, as variedades sem sementes resolvem o principal problema dos produtores de tangerina: o preço. A caixa de 15 kg da variedade sem semente custa R$ 10,00, enquanto a caixa de Ponkan de 27 kg é vendida a R$ 3,50. “Esse produto abre oportunidade para nicho de mercado com melhor remuneração”, afirma.
Esse audacioso projeto de cultivo de tangerina sem sementes foi implantado pelo IAC, na região de Capão Bonito, em 2003. O objetivo é estimular e orientar o cultivo de variedades que atraem mercados da Europa e dos Estados Unidos. As variedades ainda têm características para ocupar nichos de mercado nacional com elevado valor agregado. O trabalho é inédito no Estado de São Paulo e destina-se a aumentar a exportação de tangerinas por meio de frutas que agradam mercados mais exigentes. Atualmente, existe uma pequena produção desse tipo de tangerina no sul do País. No mundo, a Espanha é o maior produtor de tangerina sem sementes. Israel e Marrocos também cultivam essa fruta. E é desses países que vêm a literatura sobre o assunto usada no Brasil, pois o IAC é a primeira instituição de pesquisa a dese
06/14/2006
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