Agricultura: IEA avalia massa salarial e mão-de-obra na colheita de café, citros e cana-de-açúcar



Relatório integra Prognóstico de Culturas Perenes e Semi-Perenes do Instituto de Economia Agrícola

Em 2005, a massa salarial empregada na mão-de-obra da colheita das culturas de café, cana-de-açúcar e citros alcançou um total de R$1,05 bilhão, valor 26,1% superior a quantia empregada em salários destes mesmos três segmentos no ano de 2000, quando o total em salários alcançou R$835 milhões (valores reais de junho de 2005). É o que aponta o estudo “Mão-de-obra na Colheita”, do Prognóstico de Culturas Perenes e Semi-Perenes, apresentado na última quinta-feira (12) pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola) ainda esta semana.

De acordo com o estudo, apesar da diversidade de atividades da agropecuária paulista, as culturas de cana-de-açúcar, café e citros apresentam grande contribuição na dinâmica de ocupação da mão-de-obra rural. Em 2001, as culturas foram responsáveis por 60% do total de homens empregados no cultivo dos principais produtos da agricultura de São Paulo.

Em relação a massa salarial empregada na colheita dos três segmentos, a cana-de-açúcar representa a parcela mais significativa. A expansão da cana pelo Estado, substituindo espaço antes utilizado por outras culturas, propiciou a geração de mais emprego e fez com que, em 2005, sua participação no montante de massa salarial empregada na colheita das três culturas fosse de 48,4%, ou R$ 509,7 milhões, valor superior ao gerado conjuntamente pelo café (R$265,5 milhões) e pela laranja. (R$237,7 milhões)

Segundo o estudo do IEA, quando consideradas as mesmas três culturas no período 2000-2005, a cana-de-açúcar apresentou maior variação positiva na massa salarial destinada aos colhedores, com crescimento de 54,4%. Para o grupo de citros a maior variação ocorreu para o limão (25,8%), seguido da laranja (2,7%) e da tangerina (1,1%). Já em relação ao café, por ser uma cultura bienal, as oscilações são maiores. Em 2004, por exemplo, o valor destinado a massa salarial empregada na colheita (R$349,9 milhões) foi 77,7% superior ao valor de 2003 (R$196,9 milhões) e cerca de 32% maior que o valor de 2005.  

O estudo sobre a mão-de-obra e massa salarial destinada aos trabalhadores da colheita da cana-de-açúcar, café e citros faz parte do Prognóstico das Culturas Perenes e Semi-Perenes elaborado pelo IEA e já está disponível no site da instituição (www.iea.sp.gov.br).

Assessoria de Comunica

01/13/2006


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