Agricultura: Municípios firmam convênios para execução dos projetos Hortalimento e Cozinhalimento



Objetivo é promover práticas alimentares saudáveis, equilibradas e contribuir ao mesmo tempo, para o desenvolvimento regional

Três entidades da sociedade civil e 104 municípios do Estado firmaram convênio com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento para a execução dos projetos Hortalimento e Cozinhalimento, criados pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro).

Ambos têm por objetivo promover práticas alimentares saudáveis e equilibradas, contribuindo, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento regional, mediante a geração de trabalho e renda.

No Hortalimento, a parceria engloba, além de prefeituras, entidades privadas sem fins lucrativos. A proposta é incentivar e estimular a produção e o comércio de hortaliças e plantas aromáticas. Com isso, busca-se proporcionar alimentação adequada, com elevado valor nutritivo, de forma permanente e sustentável, prevenindo enfermidades decorrentes da má alimentação.

O funcionamento desse projeto se dará por meio da transferência de recursos para a instalação de estufas agrícolas, de 357 metros quadrados, destinadas ao cultivo em ambiente protegido, com sistema de irrigação por gotejamento.

Prevê também a destinação de orçamento para a instalação de estufas de cultivo hidropônico e equipamentos correlatos. Além disso, atenderá a hortas comunitárias de cultivo convencional, com a cessão de kits de sementes diversas e plantas aromáticas.

Difusão do conhecimento

A utilização de dispositivos avançados (estufas para cultivo hidropônico e por gotejamento) permitirá a redução do prazo de plantio e colheita das hortaliças. "O resultado dessa ação é a possibilidade de incrementar a produção de hortifrutigranjeiros no Estado, ao mesmo tempo em que gera renda e difunde conhecimento", observa o coordenador da Codeagro, Sílvio Manginelli.

Outro ponto a ser destacado é a transformação em projeto de uma ação já elaborada pelo governo estadual: a distribuição de kits de sementes.

As hortas serão desenvolvidas em áreas específicas, destinadas pelos municípios. O preparo caberá a grupos de famílias, escolhidos a partir de critérios (como baixa renda) definidos pelas prefeituras.

Esses grupos receberão apoio das casas de agricultura locais e dos técnicos da própria secretaria. A produção pode destinar-se, por exemplo, à melhoria da alimentação desses próprios produtores de hortaliças, à merenda escolar ou a entidades locais.

Cozinhas-piloto

 No Cozinhalimento, a parceria é realizada com prefeituras. Visa à transferência de recursos para a aquisição de equipamentos destinados à instalação de cozinhas-piloto. A finalidade é capacitar agentes nos municípios, tornando-os multiplicadores de ações de segurança alimentar e nutricional criadas pelo Estado de São Paulo.

Esses agentes têm entre suas incumbências desenvolver receitas que aproveitem os ingredientes e hábitos alimentares de cada região. A banana, por exemplo, seria produto de destaque nos pratos criados para a região do Vale do Ribeira.

Outra tarefa a cargo dos multiplicadores é dar continuidade - por meio de cursos, palestras e treinamentos - a ações de combate ao desperdício, aproveitamento das partes não-convencionais dos alimentos e economia doméstica. O Cozinhalimento abrange também a geração de renda, que engloba a produção de compotas, pães e outros produtos.

Canais para escoamento da produção rural

Outro projeto que, juntamente com o Hortalimento e Cozinhalimento, visa a contribuir para o desenvolvimento da economia regional e a manutenção da segurança alimentar da população é o Bom Preço do Agricultor, criado também pela Codeagro.

Sua proposta é estimular a diversificação da pequena e média produção agrícola e criar mecanismos para facilitar o seu escoamento. Isso é feito com o incentivo à agregação de valor e a criação de pontos de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, agropecuários e agroindustriais.

Os pontos, fixos e móveis, proporcionarão aos agricultores um canal direto para a venda de seus produtos e ao consumidor mercadorias de qualidade a preço acessível.

A intenção é que o Bom Preço do Agricultor beneficie todos os 645 municípios do Estado, além de entidades privadas sem fins lucrativos, cooperativas e associações.

Para a instalação dos pontos de venda, a Secretaria de Agricultura poderá firmar convênios com prefeituras, órgãos da administração direta e indireta, instituições de ensino, cooperativas, associações e entidades privadas da sociedade civil.

Paulo He

07/22/2006


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